GOVERNO
Realocação dos moradores de Bento Rodrigues está em estudo, diz ministro
Rio Doce
Gilberto Occhi afirmou, sobre a possibilidade de transferência da comunidade afetada, que os custos terão de ser bancados pela Samarco
por Portal BrasilPublicado: 26/11/2015 11h00Última modificação: 26/11/2015 13h37
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, disse que está em avaliação a possibilidade de realocar a população do distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, interior de Minas Gerais. A localidade foi atingida diretamente pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração da empresa Samarco, em 5 de novembro, e invadida por uma onda de lama. Segundo o ministro, os custos da realocação serão da Samarco.
As observações de Occhi foram feitas durante entrevista ao programa de rádio “Bom Dia Ministro”. Ele e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falaram sobre ressarcimento das famílias ribeirinhas pela Samarco Mineração, ações emergenciais de captação de água nos municípios afetados pela lama do rio Doce e realocação da população do distrito de Bento Rodrigues.
Gilberto Occhi garantiu que a população residente nas margens do rio Doce que tira seu sustento dessa região será ressarcida mensalmente com uma remuneração compatível à sua atividade econômica, enquanto perdurarem os efeitos do rompimento da barragem. Os pagamentos serão realizados pela Samarco, ressaltou.
"Essa população precisa ser cadastrada com o máximo de urgência, para que a empresa Samarco possa ressarcir – com uma remuneração mensal – essas famílias", afirmou o ministro. O governo federal, completou Occhi, já solicitou aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo auxílio no cadastramento dessas famílias.
Para tranquilizar a população, Occhi reafirmou que as ações emergenciais do governo federal nas regiões afetadas pelo rompimento da barragem, para o caso de eventual suspensão da captação da água do rio Doce. Carros-pipa, poços e adutoras de engate rápido são os principais meios alternativos de abastecimento nas cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo.
"Estamos com toda a estrutura emergencial nas regiões, com equipes da Defesa Civil Nacional (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do MI) apoiando os governos estaduais na articulação e solicitação de apoio federal, além de cerca de 250 homens do Exército Brasileiro para garantir a segurança e organização da distribuição de água para a população", detalhou Occhi.
O ministro afirmou que um laudo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa/MG) registrou que não há contaminação química que impeça a utilização dessa água para o consumo humano.
Técnicos estão na região para avaliar os danos e elaborar um plano de contingência que servirá de base para outras barragens. "O ideal é que a população que reside ao longo de barragens tenha conhecimento suficiente para agir em casos de emergência. Assim como foi feito na região serrana do RJ", afirmou Gilberto Occhi.
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