domingo, 16 de outubro de 2011


Municípios estão de 

portas abertas à dengue

Publicada em 16/10/2011 às 07h49m

Agente de Endemias, Rogério Rodrigues parabenizou dona Marilda Alves depois da vistoria em sua residência/ Foto: Márcio Luiz Rosa - Extra
Dos 92 municípios do Rio, 71 não fizeram o dever de casa para prevenir uma possível epidemia de dengue no verão que se aproxima. Um levantamento da Secretaria estadual de Saúde revela que apenas 21 municípios (cerca de 23% das prefeituras do estado) cumpriram os itens pactuados pela Comissão Intergestores Bipartite, em junho deste ano. As secretarias municipais de Saúde deveriam elaborar um plano de contingência e alimentar os sistemas de informação do Programa Nacional de Controle da Dengue (Sisfad) e da Secretaria estadual de Saúde do Rio (RH Dengue). De acordo com o levantamento, 52 municípios sequer entregaram o plano de contingência.

A secretaria não vai divulgar, por enquanto, os municípios que não cumpriram o acordo. Será dada uma última chance, até o dia 15 de novembro, para que as prefeituras regularizem a situação. O plano de contingência deve, necessariamente, relatar os meios materiais e humanos disponíveis para as ações de controle do vetor e mobilização social. Na avaliação da subsecretaria de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto, ainda há tempo para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

Dos 71 municípios, 42 deixaram de usar o RH Dengue, aplicativo que permite à secretaria acompanhar as ações de visita de imóveis para controle da dengue nos municípios. Além disso, 31 não preencheram o Sisfad, sistema de informação oficial nacional que acompanha o quantitativo de recursos humanos, cobertura de imóveis visitados e tratados, e dados de índice de infestação. Além disso, o levantamento detectou um déficit de 500 agentes de endemia nos municípios. O total hoje informado pelos municípios à secretaria de saúde do estado é de 8.182 agentes.

Rio, Niterói e São Gonçalo estão na lista dos municípios que deixaram de cumprir parte ou todas as metas, o que é preocupante, segundo Hellen Miyamoto. Principalmente pelos registros da dengue tipo 4, até então inédito no Brasil, em Niterói e em São Gonçalo. Ela explica que, como o tipo 4 é novo, toda a população está indefesa ao vírus:

- As áreas de maior risco hoje são a Região Metropolitana, a Costa Verde e o Norte do estado. Na avaliação que fizemos, foram levados em conta os números de casos do anos passado, o tipo de vírus circulante e o índice de infestação dos domicílios. Esses municípios são os de maior vulnerabilidade, os que apresentam mais risco de uma epidemia, incluindo a capital.

Na lista dos municípios que fizeram o dever de casa, Nova Iguaçu é o único na Baixada Fluminense. A cidade ficou entre as 20 mais bem colocadas no ranking de prevenção à doença no estado do Rio graças a um esforço conjunto da prefeitura e de moradores como Marilda Alves da Silva, de 65 anos. Nas escolas onde leciona, a professora de Português também ensina a combater o mosquito.
Hellen Miyamoto diz que, na próxima terça-feira, vai se reunir com as prefeituras da Baixada para cobrar novamente o cumprimento do acordo.


Por causa do carnaval,

 horário de verão 

terá uma semana a mais

Plantão | Publicada em 14/10/2011 às 09h57m




O horário de verão começou no primeiro minuto deste domingo. Os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem adiantar seus relógios em uma hora. Desta vez, o novo horário vai terminar uma semana mais tarde, no dia 26 de fevereiro, porque na data prevista por lei seria o terceiro domingo de fevereiro, que é carnaval.

De acordo com o decreto que instituiu o horário de verão, quando há coincidência entre o dia previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval, o encerramento deve ser no domingo seguinte. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, a população acabe esquecendo de ajustar os relógios.

- O pessoal está em festa e aí há uma mudança de horário, realmente o reflexo seria negativo - explicou o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.

Grüdtner informou que a previsão do governo é que haja uma redução entre 4,5% e 5% da demanda de energia no horário de pico, entre o fim da tarde e o início da noite, semelhante ao que foi registrado no ano passado (4,4%). A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%.

Uma novidade deste ano é a adesão da Bahia , a pedido do governador do estado, Jaques Wagner. Ele solicitou a inclusão com o objetivo de manter o governo baiano alinhado ao horário de Brasília.

                                      CHUVAS VOLTAM ASSUSTAR

                                             NA REGIÃO FRIBURGO

Rio Bengalas não chegou causar danos na região serrana.

Publicada em 15/10/2011 às 21h11m
Depois da catástrofe do último verão, quando mais de 900 pessoas morreram vítimas de enchentes e deslizamentos, as chuvas voltaram a assustar os moradores da Região Serrana. Mas, pelo menos até o fim da tarde de sábado, não havia informações sobre mortos ou feridos. Em Nova Friburgo choveu 58 milímetros em apenas uma hora. O temporal se concentrou na área central do município. O nível do rio Bengalas, que atravessa o Centro, subiu 2,7 metros, mas não chegou a transbordar.

- Esta foi a chuva mais forte registrada na cidade desde janeiro, quando a precipitação passou dos 200 milímetros em uma hora. Felizmente não temos registos de vítimas - explicou o comandante da Defesa Civil de Nova Friburgo, coronel João Paulo Mori.
No bairro de Olaria, os bombeiros foram chamados para resgatar os moradores de duas casas inundadas no temporal. Ninguém saiu ferido. Na Estrada do Vale Dourado, em Córrego Dantas, vários moradores ficaram isolados. O fotógrafo João Carlos Moura, de 65 anos, contou que a ponte construída por moradores após o temporal de janeiro foi invadida pelas águas.

- No dia 12, a tragédia completou nove meses. A cada temporal os moradores ficam em pânico, temendo pelo pior - disse João.

Em Teresópolis, o temporal foi de menor intensidade - foram registrados 30 milímetros em uma hora -, mas a cidade também enfrentou problemas. A Defesa Civil do município recebeu chamados para três quedas de barreiras, sem vítimas. Uma delas ocorreu na localidade do Cruzeiro, próximo a um dos acessos da RJ-130 (Teresópolis-Friburgo). Não há registro de obstruções na estrada por causa do temporal. Os outros deslizamentos ocorreram nos bairros de Imbuí e Fischer.



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