segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Rivais no ‘batidão’ político

Rainhas do funk, Mãe Loura Verônica e ,

Mãe Morena Priscila podem duelar nas urnas


 Elas são rainhas do funk. E querem ser mais poderosas. Ex-vereadora pelo PR, Verônica Costa, a Mãe Loura, planeja voltar à Câmara Municipal. Priscila Nocetti, a Mãe Morena, acaba de se filiar ao PDT. Verônica é a ex e Priscila a atual mulher do fundador da produtora Furacão 2000, Rômulo Costa. O combate entre a veterana e a novinha começou na vida, foi para o palco e agora chega às urnas.

Mãe Loura diz levar vantagem. “Não cheguei com a vida ganha. Não arranjei marido rico. Eu casei com o Rômulo e fui seis vezes despejada. Construí. Sou guerreira.” Verônica afirma que seu público é mais abrangente. “São os jovens de todas as tribos.” Segundo a loura, seu bonde de eleitores tem 88% de mulheres que acompanham a sua história de vida.
Fotos: Reprodução e Alexandre Vieira / Agência O Dia
Combate entre a veterana Verônica Costa (D) e a novinha Priscila Noceti
começou na vida, foi para o palco e agora chega às urnas, 
na eleição municipal do Rio no ano que vem
História marcada por brigas conjugais, com denúncias de violência doméstica, cujas consequências estão a cargo do Judiciário. “Isso não colocou em questão meu caráter como política, trabalho há 22 anos e nunca me envolvi num escândalo de roubo. O que aconteceu é página virada e eu acredito na Justiça”, diz, em referência ao segundo ex-marido, Márcio Costa — primo de Rômulo —, que a acusou de tentativa de homicídio.

Para a loura, o que vai contar nas urnas é sua atuação na Câmara. “O povo não está mais bobo pra votar em você só porque é legalzinha. Apresentei 70 leis”, sustenta, destacando a do primeiro emprego e a de educação sexual nas escolas.

Aprendizado político

Mãe Morena não comenta a rivalidade nem a embrionária carreira política, por orientação do marido. “Ela está num momento profissional incompatível com uma candidatura”, desconversa sua assessoria. “A seu tempo, as pessoas saberão do que se trata”, avisa.

“(A filiação) é passado, ficou para trás”, argumenta. Mas a própria assessoria confirma que Priscila ingressou no PDT em 6 de outubro, um dia antes do prazo limite para quem pretende se candidatar em 2012 — e não era segredo que o PDT, adversário do PR, procurava ‘puxadores de voto’. “Não há obrigatoriedade de candidatura”, justifica. “Não há planejamento a curto prazo.” Mas Mãe Morena vai virar militante? “Ela quer aprender sobre política”, diz.

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