On:quinta-feira, 26 de junho de 2014
Posted by XICO DE PAULA
Chega Ao Fim Um Velho Sonho De Verão. O Trenzinho Está Se Despedindo De Macaé
A briosa população de Macaé recebe com tristeza a notícia que os dois módulos do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, estão com os dias contados no pátio da antiga estação ferroviária. Os simpáticos trenzinhos mesmo parados desde do ano passado, sofrendo um processo de danificação pela ação do tempo, caiu na simpatia de nosso laborioso povo, tornou-se um xodó público, implementado com o dinheiro do contribuinte.
O trenzinho que hoje tornou um xodó dos macaenses, mesmo parado no tempo e no espaço, teve sua sentença julgada por 13 dos 17 vereadores com assento na Câmara Municipal de Macaé, na manhã desta quarta feira (26). Sob a batuta do presidente da Casa, foi aprovado um pedido do Executivo, pela cessão dos trenzinhos para o Governo do Estado. Na solicitação o chefe do Executivo, pondera que a necessidade da aprovação pelo Legislativo e para legitimar a construção do Arco Viário de Santa Tereza, que PMM pretende implementar na cidade.
O trenzinho que foi carinhosamente pintado com as cores da Bandeira do Município, veio ser fruto de um projeto pioneiro no interior do Estado do Rio de Janeiro e visava garantir para milhares de pessoas um serviço de qualidade no município de norte a sul, por meio do transporte coletivo ferroviário.
É um patrimônio público que possui vários capítulos que até daria para qualquer cineasta produzir um longa metragem. Possui capítulos, que moldam, desconfiança, ironia, jogadas políticas, mazelas, CPI, cinismo, inquéritos e o principal: uma doentia paixão da população.
A história de implantação teve início por um grupo de militantes pertencente ao "Movimento Ferrovia Viva" , liderado pelo ex ferroviário Lauro Martins, filho de tradicional família da cidade e ainda dirigente na época da "Associação dos Aposentados, Pensionistas e Ex - ferroviários da R.F.F.S.A".
Esse grande avanço no transporte público de Macaé, foi composto por quatro composições com tração diesel hidráulica mecânica. Essa paixão municipal é formado por carros equipados com ar condicionado, movimentação bidirecional, com três portas em cada lado, comunicação sonora e capacidade de transporte de 358 passageiros por composição.
Estava previsto que percorreria numa velocidade média de 27 quilômetros por hora, com intervalos de 30 minutos, percorrendo 23 quilômetros de linha férrea. A ideia divulgada pelo governo era construir dez estações, sendo três terminais: Imboassica, Central e Lagomar e cinco intermediárias. Nenhuma das estações previstas no escopo foi construída até hoje. Os veículos foram fabricados em Fortaleza, pela montadora Bom Sinal.
Segundo dados divulgados na ocasião, mais de R$ 50 milhões seriam gastos no projeto que deviria o sistema integrado de transportes, pesado, estruturado e com segurança para que a população tivesse a ter um atendimento de qualidade e sustentável, a exemplo das grandes cidades.
Foi um projeto audacioso que até exigiu várias viagens internacionais, por parte de funcionários da PMM, onde os gestores envolvidos só tinham a preocupação de oferecer um serviço que iria revolucionar a mobilidade urbana da cidade.
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tratava de um projeto pioneiro no interior do Estado do Rio de Janeiro e visava ligar o município de norte a sul, por meio do transporte coletivo ferroviário, uma alternativa para ampliação da oferta e melhoria do transporte público.
Composto por quatro composições com tração diesel hidráulica mecânica, o VLT é formado por carros equipados com ar condicionado, movimentação bidirecional, com três portas em cada lado, comunicação sonora e capacidade de transporte de 358 passageiros por composição.
O trenzinhos foram projetados para percorrerem numa velocidade média de 27 quilômetros por hora, com intervalos de 30 minutos, percorrendo 23 quilômetros de linha férrea. A ideia divulgada pelo governo era construir dez estações, sendo três terminais: Imboassica, Central e Lagomar e cinco intermediárias. Nenhuma das estações previstas no escopo foi construída até hoje.
Lamentavelmente, a cidade Macaé receberá está noticia com o coração apertado. Ao despedir da cidade, o trenzinho que tornou um símbolo para os macaenses, deixará uma grande lacuna diante de todos. Os trenzinhos deixam a nossa cidade, sem a benfeitoria que foi projetada com o objetivo de corrigir um dos problemas mais sérios que é o transporte público. Infelizmente, devemos creditar este pouco caso, aos nossos homens públicos que não tiveram a grandeza em socorrer mais uma vez, a nossa já tão sofrida comunidade.
GAZETA DO LITORAL
TEXTO XICO DE PAULA
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