segunda-feira, 27 de outubro de 2014

TSE conhecia resultado duas horas antes de anunciar Dilma presidente

26/10/2014 20:07
Por Redação - de Brasília

Dilma Rousseff foi eleita para um novo mandato de quatro anos
Dilma Rousseff foi eleita para um novo mandato de quatro anos
Apesar de as eleições deste ano serem as mais concorridas dos últimos 25 anos, um pequeno grupo de brasileiros soube, antes de toda a nação brasileira, quem cumprirá o mandato de quatro anos na Presidência da República. Às 19h16 deste domingo, com 73,35% das urnas apuradas, o núcleo da apuração no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já sabia que Dilma Rousseff estava eleita, com 50,99% dos votos válidos. À essa altura, na marcha das apurações, já havia um resultado claro para os técnicos, no núcleo da Justiça Eleitoral na capital do país. O resultado, após às 20h01 foi relâmpago: Dilma, % e Aécio Neves, %. Estava decidido quem governará o Estado brasileiro, até 2018, apesar da tentativa de golpe na mídia, há 48 horas das eleições.
Mas o resultado permaneceu secreto por quase três horas mais, entre o início do fechamento das urnas, nos Estados que seguem o horário de Brasília, e a divulgação da notícia, a partir das 20h (de Brasília). O fato ocorreu porque foi preciso esperar o final da votação no Acre, devido ao fuso horário e do fato de não haver horário de verão no Acre, o Estado está três horas atrás de Brasília.
Eleição tranquila
Com poucas ocorrências, o início de votação no segundo turno das eleições neste domingo repetiu o clima de tranquilidade observado na votação de 5 de outubro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o balanço mais recente do tribunal, foram registradas 154 acusações de crime eleitoral por não candidatos no início da manhã, resultando na prisão de 28 pessoas. Nenhum candidato foi detido. A prática de crime eleitoral inclui, por exemplo, propaganda boca de urna, fornecimento ilegal de alimentos e transporte ilegal de eleitores.
No primeiro turno, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, avaliou que a votação foi a “mais tranquila desde a redemocratização” em 1989, embora tenha sido marcada por atrasos decorrentes do maior uso do sistema de identificação biométrica. O TSE ainda não tinha informações sobre o andamento da votação com urnas biométricas neste segundo turno.
Além da disputa pela Presidência entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), 13 Estados e o Distrito Federal escolheram seus governadores neste domingo.
O relatório mais recente do tribunal, divulgado às 11h, apontou o Rio de Janeiro, que manteve o economista Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara, com mais de 60% dos votos válidos, como o Estado com o maior número de urnas quebradas, com 221 urnas substituídas, seguido por São Paulo, com 188 urnas quebradas. No total, 1.151 urnas foram trocadas em todo país.

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