sábado, 1 de novembro de 2014

Foco no abolicionista

Publicado em 31/10/2014


Divulgação CMCG
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Máscara Mortuária do Patrocínio que está na Associação Brasileira de Imprensa (ABI): campista é considerado um dos maiores abolicionistas de todos os tempos

Da Redação com Assessoria

Primeiro foi Nilo Peçanha, o campista que chegou à Presidência do Brasil. Agora chegou a vez de direcionar o foco a outro campista ilustre: José do Patrocínio, que entrou para a História como um dos maiores abolicionistas do País, além de um dos responsáveis pela implantação da República no Brasil. E os trabalhos da equipe de produção da TV Câmara, responsável pelos documentários, já começou. 

As filmagens para este segundo desafio aconteceram, nesta semana, no Rio e em Niterói. - A Câmara é a casa do povo e dentro da nossa perspectiva de resgate cultural, entendemos a importância de eternizar, imortalizar a vida e a obra destes campistas que fizeram História- disse o presidente do legislativo, Edson Batista, ao anunciar a produção do documentário, na ocasião do lançamento do material sobre Nilo.

O primeiro a ser entrevistado foi o professor e escritor Humberto Fernandes Machado. Na sede da Universidade Federal Fluminense (UFF), ele ressaltou a figura do chamado "Tigre da Abolição": - Patrocínio é um exemplo de superação para os jovens de hoje. Ele tinha visão de futuro e não se deixou abalar pelo preconceito - ressaltou.

Em seguida, o também escritor, professor e jornalista Uelinton Alves lembrou aspectos pessoais da vida do campista. 

- A vida do patrocínio é totalmente improvável do ponto de vista pessoal e profissional. Ele sai de Campos aos 14 anos para tentar a vida no Rio, consegue estudar, se formar em farmácia e depois se tornar empresário como dono de jornal. Patrocínio importou da França o primeiro automóvel que circulou no Brasil - destacou durante as filmagens.

"Um dos grandes personagens da História do Brasil"

Uelinton Alves lembrou também que a abolição se tornou a meta da vida de Patrocínio. - Ele foi de grande importância para a luta abolicionista. Ele tinha uma visão do Brasil muito grande. É necessário que estes temas cheguem às escolas. Patrocínio sacrificou a vida dele inteira por seus ideais. Ele pensava no Brasil maior, menos rural e mais industrial - observou.

Outro que discorreu sobre vida e obra do abolicionista de Campos foi o pesquisador e colecionador George Ermakoff: -Acho que ele foi um dos grandes personagens da história do Brasil. Ele é um homem que realmente fez a diferença na abolição da escravatura no país, infelizmente pouco lembrado. Ele só pensava nisso, foi um lutador incansável na abolição - elogiou.

Ermakoff ressaltou a intensidade com que Patrocínio levou sua vida. - Ele era muito intenso em tudo que fazia. Se formou em farmácia, mas nunca quis ser farmacêutico, foi um grande jornalista e romancista. Começou a vida escrevendo os chamados ferrões, textos agressivos contra quem quer que fosse. Foi um grande orador que emocionava a todos falando contra a escravidão - disse.


FONTE: O  DIÁRIO  - 31-10-2014

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