quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Secretaria de Saúde divulga resultado sobre mosquito transmissor da dengue

06/11/2014 11h46 - Jornalista: Genimarta Oliveira
Um agente de saúde analisando um vaso de plantas com água
Foto: Juranir Badaró
O levantamento é uma ferramenta que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação
Com um trabalho pautado em ações preventivas, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde de Macaé, realizou, em outubro, mais um Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), onde foi constatado mais uma vez que os depósitos onde foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, foram no nível do solo como tambores, caixas d´água e toneis para armazenamento de água. 

Os resultados da amostragem apresentaram índice de Infestação Predial (IIF) da cidade de 1,7%, condição considerada estado de alerta pelo Ministério da Saúde. O gerente do CCZ, Ramon Bouças explica que o LIRAa é uma ferramenta que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito e que, consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de epidemia da doença. "Com o resultado podemos realizar ações de intervenções de combate à dengue em tempo hábil, e evitar a proliferação do mosquito", frisou.

Dos 105.833 imóveis visitados rotineiramente por ciclo na cidade, o levantamento amostrou 4.121 imóveis dos quais 71 foram positivos para Aedes aegypti e 05 para Aedes albopictus na área urbana, enquanto que na área rural foram visitados 239 imóveis, onde não foram encontradas amostras. Na Área Urbana os imóveis foram distribuídos em 10 estratos abrangendo todas as 47 localidades comportadas nos 44 bairros considerados dentro do perímetro urbano, sendo que em 28 localidades foram encontrados focos do vetor da dengue dentro dos imóveis.

Ramon ressaltou que este ano há uma outra preocupação das autoridades de saúde pública, é a febre chikungunya, doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo transmissor da dengue. "Vale lembrar que os ovos do mosquito podem permanecer em estágio de dormência, porém ativos, por até 400 dias e eclodir gerando larvas identificadas em seu primeiro ciclo", detalha.

O secretário de Saúde, Pedro Reis, ressaltou que os esforços e cuidados para combater o mosquito devem ser mantidos. "As medidas de controle e prevenção adotadas resultaram na redução de casos e óbitos em todo país. Em Macaé, estamos intensificando as ações e contando com a colaboração da sociedade neste processo de combate ao mosquito transmissor", disse acrescentando que a prevenção e a transmissão dos vírus da dengue e chikungunya são iguais.

O Ministério da Saúde lançou esta semana uma Campanha Nacional de Prevenção contra o vírus da dengue e também contra a febre chikungunya, onde foi definido o dia D de mobilização nacional que acontecerá em seis de dezembro, com reforço no dia 7 de fevereiro de 2015. Serão divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertas sobre a gravidade das enfermidades.

Dados do Ministério da Saúde indicam que, até o dia 25 de outubro, foram registrados 824 casos de chikungunya no país, sendo 39 importados de países como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Guiana Francesa.

A febre chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus. Os principais sintomas são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema (erupção cutânea). Eles costumam durar de três a dez dias.
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