quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Casa de acolhimento da Funpapa incentiva inclusão social e geração de renda

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 28/10/2015 14:47


Dificuldades vividas por pessoas que viviam em situação de rua e sem acesso ao mercado de trabalho foram transformadas em  oportunidades. Gente que começa a contar histórias de inclusão social e geração de renda. A iniciativa é da Casa de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua – Camar, que assiste mulheres e famílias e é gerenciada pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa).
Quando Selma França da Silva, de 51 anos, começa a trabalhar abre logo um sorriso. Desde que chegou ao espaço há seis meses, ela decidiu ocupar o tempo vago desenvolvendo uma atividade manual com agulha e linha.
O que antes era apenas para distrair e desestressar, agora tem se transformado em alternativa de renda e inclusão para mulheres acolhidas provisoriamente pelo município. Aqui, o crochê, uma técnica manual que cria um trançado bem parecido com uma malha rendada, é transformado em peças como tapetes, guadanapos, jogos de banheiro e cozinha.
“Aprendi tudo sozinha e fui desenvolvendo a técnica. Agora compartilho o que sei com outras pessoas aqui dentro. Um trabalho que eu gosto de fazer e que pode me ajudar a voltar pra casa”, disse Selma, natural do estado de São Paulo.
Antes da iniciativa, as mulheres desenvolviam apenas as atividades diárias previstas no projeto pedagógico da equipe. Agora, todos os dias elas produzem peças de acordo com a disponibilidade de cada uma. É um momento para dividir experiências e compartilhar projetos de vida.
“Quero voltar pra casa, mas enquanto isso aproveito esse trabalho que é uma terapia pra mim”, comentou Raimunda dos Santos, de 52 anos.  
“Trabalho é saúde. Evita doenças e outros problemas. Temos que preparar essas pessoas pra vida lá fora porque um dia elas vão sair daqui. É difícil arrumar uma colocação no mercado depois de tanto tempo parado. Por isso a iniciativa quer ajudar na autonomia delas”, explicou a assistente social Aparecida Miranda, coordenadora da Casa de Acolhimento.   
A produção é vendida pelas próprias mulheres. Por enquanto tudo é feito por encomenda. Um trabalho realizado por diversas mãos que despertaram para novas possibilidades de vida.
“Nosso objetivo é incentivar e expandir esse trabalho até, quem sabe, pra fora da instituição. Assim, outras pessoas podem conhecer e adquirir essa produção artesanal”, é o que planeja a pedagoga Rosa Lavor.

Texto: Denise Soares
Foto: Tássia Barros - Comus
FUNPAPA (FUNPAPA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário