Quinta-feira, 29 de outubro de 2015 às 15:13 (Última atualização: 29/10/2015 às 15:29:40)
Novas moradoras do Minha Casa no Distrito Federal comemoram o adeus ao aluguel
A conquista da casa própria é o maior dos sonhos realizados pelos novos moradores do Paranoá Parque, no Distrito Federal, um dos conjuntos de moradias que foi entregue pela presidenta Dilma Rousseff nesta quinta-feira (9). O maior alívio dessas pessoas é não ter mais que pagar aluguel, que, na maioria das vezes, compromete grande parte do orçamento mensal. Com a nova prestação do Minha Casa Minha Vida, já é possível fazer planos com o dinheirinho que vai sobrar.
Para Fabrícia Silva, de 40 anos, o apartamento “veio na melhor hora de sua vida”, como ela própria diz. “Eu sou inscrita desde 1998 e até já tinha sido contemplada, mas por umas mudanças no governo (do GDF) eu acabei voltando para a fila”. Ela tem uma filha de 17 anos com deficiência e um menino de seis anos e diz o quanto é difícil manter a família com apenas um salário mínimo. “Pago R$ 600 reais de aluguel. Então eu recebo um salário mínimo, se não fosse a ajuda do meu filho, que é soldado do Exército, se não fosse pela ajuda dele eu não tinha condições de pagar aluguel. Se não tivesse meu filho para me ajudar, não sei o que seria de mim, para pagar aluguel e comprar coisas diárias”, afirma.
A filha mais velha de Fabrícia, de 24 anos, é casada e já não mora mais com ela. “Depois que a minha filha casou ficou mais difícil para eu trabalhar, sou só eu para cuidar da Camila, e uma pessoa que tem deficiência você não pode deixar com qualquer pessoa, então fica mais complicado. Esse apartamento veio na melhor hora da minha vida, porque agora eu estou por conta da Camila. Eu estou muito feliz porque é um lugar bom, uma boa localização, eu gostei bastante do apartamento”, diz.
A mudança para o novo apartamento já está pronta. “Já está tudo encaixotado. Quero ir o mais rápido possível, já que é um aluguel a menos que eu vou pagar, né? Quem não gostou muito foi a dona do imóvel em que ela morava. “A dona da casa que não gostou muito não, que eu vou embora, porque ela gosta de mim. Mas quando ela raciocinou o que ela tava falando, aí ela falou assim: ‘ah, não, graças a Deus, você vai para o que é seu’. Eu não estou nem dormindo”, conta Fabrícia,
Para Claudia Barrozo Palheta, de 42 anos, a prestação do novo apartamento vai trazer alívio ao orçamento apertado de todos os meses. Ela recebe um salário mínimo trabalhando como copeira e pagava R$ 850 de aluguel. “Para pagar o aluguel eu tinha que vender parte do meu vale alimentação e correr atrás de fazer alguma coisa para complementar a renda, fazendo faxina para dar conta das outras despesas. Era muito apertado”, diz.
Ela conta que não sobrava dinheiro para nenhuma outra despesa que não fosse o aluguel e as despesas básicas da casa: “Não dava para nada. Não sobrava para lazer nem para sair com a minha sobrinha, que mora comigo. O dinheiro só dá mesmo pra pagar aluguel, água e energia”, relata.
A partir do próximo mês, o orçamento de Claudia vai folgar um pouco, já que a prestação do novo apartamento será de R$ 37,85. “Vai folgar bastante, vai fazer muita diferença. Para ela, o maior alívio é deixar o aluguel depois de 23 anos. “Antes era receber o dinheiro e entregar e uma sensação de estar pagando uma coisa que não é minha, não tem fim, é dinheiro jogado fora. Deus que me perdoe. Dinheiro jogado fora. Acho que agora vai melhorar bastante mesmo. Meu sonho de sair do aluguel se realizou”,avalia.
Outra tranquilidade para Claudia é parar com as mudanças constantes. “Vou ter um endereço que é meu, vai ser meu endereço. Eu vou ter um endereço fixo, eu não vou precisar mais estar mudando, estar de mudança direto, não é? E eu me sinto com mais liberdade, por causa que é uma coisa minha, eu sei que é meu, ninguém vai mexer comigo. Assim, eu estou morando no que é meu e, assim, que ai ficar para as minhas filhas no futuro. Só Deus sabe o que que eu estou sentindo aqui dentro de mim”, comemora.
Ela avalia o Programa Minha Casa Minha Vida como uma oportunidade única para a população de baixa renda Brasil afora.
“A gente, que é baixa renda, não tem condições de comprar moradia, assim, porque pesa pra gente estar pagando a moradia e o aluguel, não é? Aí, é uma política habitacional muito boa, melhora a vida de muita gente, melhora a vida de muita gente. O simples fato de ter o que é da gente não tem preço. Não tem preço. É bom demais. Eu acho que o governo fez uma coisa muito boa para nós que somos de baixa renda”, garante.
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