Posted: 01 Feb 2016 08:59 AM PST
A presidenta Dilma Rousseff destacou, nesta segunda-feira (1), após reunião com o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, que os dois países concordam que a crise dos refugiados, que envolve a Europa, o Norte da África, a Ásia Central e o Oriente Médio, exige soluções coletivas por parte da comunidade internacional.
Dilma ressaltou que a Bulgária é um ator fundamental, por sua situação geográfica, na resolução desse tema que afeta a todos os países, direta ou indiretamente. Lembrou ainda que o país é reconhecido “por sua posição equilibrada nesta matéria”.
“Convergimos, também, sobre a necessidade de que se encontre solução política e abrangente para o conflito na Síria, que se sentem nas mesas para negociação. À luz do quadro de insegurança internacional, retomamos nossa conversa a respeito do imperativo de reformar o Conselho de Segurança da ONU, a fim de que suas ações sejam mais eficazes e mais representativas”, enfatizou.
Dilma Rousseff acrescentou estar certa de que a visita do presidente Pleneliev trará avanços concretos nas relações bilaterais. A presidenta fez questão de lembrar que a visita do governante europeu tem um significado especial para ela. “Como todos sabem, tenho uma parte búlgara, a metade”, disse.
A presidenta aproveitou a ocasião para convidar Rosen Plevneliev e sua delegação, os atletas e o povo búlgaro a visitar o Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em agosto deste ano.
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Posted: 01 Feb 2016 08:58 AM PST
O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, garantiu à presidenta Dilma Rousseff que seu país trabalhará “com seriedade” pelas finalizações do tratado entre a União Europeia e o Mercosul. “Trabalharemos para que isso aconteça o mais rápido possível”, afirmou ele, durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (1º). Esta é a primeira visita oficial de caráter bilateral do presidente búlgaro ao Brasil.
Em relação a esse tratado, o Mercosul já fez uma proposta de ofertas. No entanto, até o momento, a proposta da União Europeia ainda não foi apresentada – sem o quê o acordo entre os blocos não pode ser concretizado.
Plevneliev destacou a participação da Bulgária na União Europeia. “Nosso país é um fator de estabilidade na Europa. A Bulgária moderniza-se e se fixa como ponto produtivo, econômico, comercial e logístico no Sudeste europeu”. Ressaltou ainda a importância estratégica do Brasil para a região, pela possibilidade de abertura de novas possibilidades de intercâmbio em várias áreas.
“Os abrangentes programas sociais e o fato de o Brasil ter tirado mais de 40 milhões de pessoas da pobreza é muito simbólico e representam a alta reputação do País”, afirmou. E defendeu ainda o aprofundamento da cooperação na área de ciência e tecnologia. “Acreditamos que temos muitas potencialidades nessa área. As universidades búlgaras têm muitos especialistas nessa área. Desejamos participar da segunda fase do Ciência Sem Fronteiras”, acrescentou.
Reforma do conselho da ONU
Após a cerimônia no Planalto, o presidente da Bulgária foi homenageado com um almoço no Itamaraty, quando declarou que trabalhará em conjunto com o Brasil pela reforma do Conselho de Segurança da ONU. “A Bulgária apoiará o Brasil no seu desejo quanto à reforma do Conselho de Segurança. Para que tenha uma representatividade mais ampla”.
Durante o almoço, o presidente da Bulgária recebeu, das mãos da presidenta Dilma, os dois mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro: Tom e Vinicius.
Rosen Plevneliev destacou que as duas iniciativas, o acordo Mercosul-União Europeia e a reforma do Conselho de Segurança na ONU, são importantes para seu país, que acredita na competitividade e em um comércio sem limites, bem como nas reforma e em um mundo de paz e prosperidade.
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Posted: 01 Feb 2016 07:29 AM PST
A presidenta Dilma Rousseff recebeu, nesta segunda-feira (1°), o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, em sua primeira visita oficial de caráter bilateral ao Brasil. Dilma afirmou, em declaração à imprensa, que o Brasil está seguro de poder contar com o apoio e o engajamento da Bulgária para o avanço na negociação de um acordo entre o Mercosul e União Europeia.
“[Esta] visita se enquadra em um contexto de maior aproximação regional, no marco das negociações do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia. Juntamente com seus sócios do Mercosul, o Brasil tem todo o interesse em avançar na troca de ofertas e na negociação de um acordo que seja benéfico para nosso Bloco e para a União Europeia. Estamos seguros de poder contar com o apoio e o engajamento da Bulgária nessa direção”, afirmou Dilma.
Após reunião privada, os dois presidentes assinaram acordos em cerimônia pública. Um deles, o Memorando de Entendimento entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e o Ministério da Educação e da Ciência da Bulgária, prevê a aproximação entre as comunidades científicas dos dois países.
“Já contamos com experiências concretas nessas áreas. Na educação, a Bulgária participa do programa Ciência sem Fronteiras; na cooperação antártica, o Brasil presta apoio logístico e de manutenção à base búlgara de St. Kliment Ohridski”, ressaltou Dilma.
Os países assinaram também o Acordo de Cooperação em Previdência Social, que objetiva facilitar a vida de brasileiros residentes na Bulgária e de búlgaros residentes no Brasil. A presidenta afirmou ainda que está sendo negociado o Acordo para Transferência de Pessoas Condenadas, que deve aumentar a cooperação jurídica bilateral. Dilma lembrou também que a visita tem um significado especial para ela, por conta de sua ascendência búlgara.
Agenda bilateral e globalNa reunião, realizada nesta manhã no Palácio do Planalto, os presidentes passaram em revista os principais pontos da agenda comum. Discutiram formas de revigorar os fluxos comerciais e definiram uma reunião da Comissão Intergovernamental de Cooperação Econômica sobre possibilidades de investimentos e de diversificação de comércio. Durante a visita búlgara, também serão realizados eventos empresariais na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Sobre a agenda global, os presidentes trataram sobre a crise dos refugiados, que envolve a Europa, o Norte da África, a Ásia Central e o Oriente Médio, e exige soluções coletivas por parte da comunidade internacional. “Convergimos sobre a necessidade de que se encontre solução política e abrangente para o conflito na Síria”, disse a presidenta. Sobre o Conselho de Segurança da ONU, os presidentes retomaram as conversações sobre o imperativo de uma reforma para alcançar ações mais eficazes e representativas.
Relações entre os paísesEm 2011, a presidenta Dilma realizou a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro à Bulgária e expressou o desejo brasileiro de aumentar a cooperação bilateral em temas sociais, na área agrícola, em biocombustíveis e no intercâmbio estudantil. Na ocasião, realizou-se o I Fórum Empresarial Brasil-Bulgária e assinou-se Acordo de Cooperação Econômica. Em 2012, o presidente búlgaro esteve no Brasil por ocasião da Rio+20.
A Bulgária tem apoiado candidaturas brasileiras em organizações internacionais, multilaterais, em especial na área de direitos humanos. O governo brasileiro também apoiou diversas candidaturas búlgaras em órgãos multilaterais.
Em 2012, o comércio bilateral registrou o maior volume de sua série histórica, atingindo US$ 438,9 milhões – o que representa aumento de 55% em relação ao ano anterior. A aquisição de jatos da Embraer por uma companhia aérea búlgara foi o principal fator para esse resultado positivo. Ainda naquele ano, o Brasil prestou ajuda financeira e doou mantimentos para apoiar a população búlgara afetada pelas fortes enchentes ocorridas no sul do país.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
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