Dia de Luta à Discriminação Racial é comemorado
22/03/2016 16:39:00 - Jornalista: Lourdes Acosta
Foto: Assessoria Fundação Macaé de Cultura
Manifestações culturais de origem africana fizeram parte da programação
O evento, nesta segunda-feira (21), na Praça das Artes, do Centro Macaé de Cultura (CMC), foi promovido pela Vice-Presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial (CPPIR), da Fundação Macaé de Cultura (FMC), para lembrar a data que marcou o massacre ocorrido em 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, onde cerca de 100 negros buscavam a afirmação de sua humanidade e igualdade de direitos, durante o regime do Apartheid.
A manifestação cultural de matriz africana contagiou os participantes e apreciadores com a alegria da dança e o batuque dos percursionistas. A dança assemelha-se ao samba de roda da Bahia, ao tambor de crioula muito conhecido e apreciado no Maranhão, ao jongo do Sudeste e ao batuque paulista, que se caracterizam pela umbigada ou punga.
Estiveram presentes no evento personalidades engajadas na luta de preservação racial, como a vice-presidente da CPPIR, Zoraia Dias; ativistas, como o superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Batista Filho e o representante da capoeira em Macaé, Manoel da Cruz Vieira - o Mestre Dengo da Capoeira.
- A celebração do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial trouxe, desta vez, para a reflexão, o culto às tradições ancestrais, através do Jongo/Samba de Roda, onde estiveram reunidas pessoas de várias origens, mas, com interesse comum. O público que passou pela Praça das Artes pode se deliciar com a dança e as cantigas do Jongo "Tambor de Macaé - avaliou Zoraia Dias.
Jongo - O Jongo é uma dança de origem africana, possivelmente, do povo oriundo de Angola, da qual participam homens e mulheres, significando divertimento. O canto tem o papel fundamental, associado aos instrumentos musicais e à dança. Alguns pesquisadores classificam-no como um de "tipo de samba mais antigo", dando origem mais tarde ao samba.
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