quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Prefeito do Rio não quer descumprimento de contratos sobre reajuste de passagens

Paes espera um posicionamento do TCM para autorizar aumento das tarifas de ônibus
Do R7, com Agência Brasil
Eduardo Paes indica que haverá aumento das passagens em 2014J. P. Engelbrecht / Divulgação Prefeitura do Rio
prefeito Eduardo Paes disse na terça-feira (24) que é preciso esperar a avaliação do TCM (Tribunal de Contas do Município) sobre o reajuste das passagens de ônibus, mas que "não quer transformar o Rio em uma cidade que não cumpre contratos".
— O reajuste é contratual, está em uma tabela do contrato. Infelizmente, a gente vê  muitas cidades do Brasil descumprindo contratos, e vê o mal que isso faz. Não vou ficar de populismo barato. O Rio de Janeiro não vai pagar dinheiro público a empresário de ônibus. A passagem pode se equilibrar.
Ao defender sua posição, o prefeito fez uma comparação com São Paulo:
— Não vou deixar chegar à herança do [prefeito de São Paulo, Fernando] Haddad, de R$ 1,5 bilhão, que podia ser aplicado em saúde e educação e está na mão de empresário de ônibus. Esse crime eu não vou cometer.
Após o reajuste para R$ 2,95 ter sido cancelado em virtude dos protestos de junho, voltou à pauta da prefeitura o aumento do valor da passagem, que está em R$ 2,75 e pode passar de R$ 3 no ano que vem. A decisão será tomada pelo TCM.
Na manhã de terça, na inauguração da ponte estaiada do corredor Transcarioca na Barra da Tijuca, o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio, Lélis Teixeira, defendeu o reajuste como forma de equilibrar os custos das concessionárias.
— O próprio governo federal elevou o diesel, que tem um peso de 25% nos nossos custos, e aumentou o salário mínimo. As despesas com pessoal são 45% da nossa planilha. Também demos 10% de aumento aos rodoviários no ano passado e 10% neste ano, e nada disso foi repassado. É preciso recompor os custos para ter equilíbrio financeiro.
A possibilidade de um novo aumento das passagens levou manifestantes de volta ao centro da cidade na semana passada, em uma passeata que fechou a avenida Rio Branco.

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