domingo, 30 de março de 2014

Entregues mais 2.280 cartões do Bolsa Social Mumbuca
Texto: Leandra Costa (edição: Raquel Andrade) | Fotos: Fernando Silva
Entregues mais 2.280 cartões do Bolsa Social Mumbuca
Responsável pela implantação do programa Moeda Social Mumbuca em Maricá, o Instituto Palmas efetuou a distribuição, nesta sexta-feira (28/03), de mais 2.280 cartões, do total de seis mil, da primeira moeda social eletrônica do país, criada pela Prefeitura, para combater a pobreza extrema na cidade e para estimular o crescimento do comércio local. Os contemplados recebem um benefício mensal de 70 Mumbucas (o que equivalente a R$ 70), com previsão de chegar a 300 Mumbucas por família até 2016. O evento foi realizado na Praça Orlando de Barros Pimentel e contou com a presença do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes, e do coordenador do Instituto Palmas, João Joaquim de Melo.
O secretário Miguel destacou a importância do programa para a população maricaense. “Com parte do repasse dos royalties, é feita a complementação de renda para as famílias carentes que ganham uma ajuda mensal para ajudar nas despesas domésticas. Nossa meta é beneficiar 13.500 famílias”. Ainda segundo Miguel, a partir de abril, será iniciada uma segunda fase do programa com a liberação de linhas de crédito, de até 15 mil Mumbucas, para o microprodutor, microempreendedores, agricultores familiares, pescadores, artesãos e pequenos comerciantes.
O presidente da Rede Brasileira de Bancos Comunitários e também coordenador do Instituto Palmas, João Joaquim de Melo, relembrou a implantação há 15 anos do primeiro banco comunitário no Ceará, o Palmas, e destacou que, apesar de recente, o modelo adotado por Maricá serve de referência para outras cidades no Brasil e também no exterior. “O diferencial da Mumbuca é que além de contribuir para a erradicação da pobreza extrema com a transferência direta de renda, ela incentiva o uso da moeda local apenas no comércio local. O que é bom para todos”, declarou o presidente acrescentando que, nessa semana, foi realizada, em Paris, uma Conferência Internacional de Economia Solidária onde o programa adotado em Maricá foi apresentado e amplamente discutido pelo público internacional.
Para o secretário municipal de Transportes, Leandro Costa, que também esteve no evento, o programa serve para melhorar as condições de vida das famílias carentes. “O benefício garante pelo menos uma renda mínima mensal a quem mais precisa do benefício”, declarou o secretário. Leandro acrescentou que está previsto para o dia 26 de maio (aniversário da cidade) o início de operações dos dez ônibus da EmpresaMaricá Transportes Públicos (MTP).
Para Lúcia Mara da Silva Rosa Policarpo, proprietária do mercado Jolumar, primeiro estabelecimento cadastrado no programa, a moeda Mumbuca contribuiu muito para aumentar o movimento em seu estabelecimento. “No mês de fevereiro, somente do programa, tive uma movimentação de 25 mil Mumbucas e isso é muito positivo, principalmente para o pequeno comércio. Estou muito satisfeita e já estou pensando em aumentar a oferta de produtos que antes não comercializávamos, como, por exemplo, o setor de açougue”, frisou a comerciante.
Ajuda mensal às famílias carentes
Luci Rosângela Pereira Cunha, de 40 anos, moradora do Caxito, cria os quatro filhos apenas com uma renda que não chega a R$200, fruto de serviços de faxina que realiza de forma esporádica. “Minha filha mais velha, que é professora, me ajuda a sustentar os demais. Esse benefício vai ser muito útil para comprar comida e remédio”, destacou Luci.
Adriana Braga de Abreu, de 37 anos, moradora do bairro Pedreiras, possui três filhos, está desempregada e é mãe solteira. Ela não tem com quem deixar o pequeno Cauã, de dois anos, para poder trabalhar e vive graças ao programa federal Bolsa Família, no valor mensal de R$230. “Todo mês é um sacrifício para alimentar os meus filhos. O que mais queria era arrumar um emprego, mas ainda não posso porque não tenho com quem deixar meu filho de dois anos e pior que ainda não recebo pensão. Tenho a certeza de que esse cartão vai ser muito bem usado para colocar comida em casa”.
O aposentado Braz Pereira da Silva, de 59 anos, mora numa casa alugada em Inoã, com a esposa, e vive com um salário mínimo. “Todo mês tenho que me virar para pagar as contas. Tem mês que, só na farmácia, gasto mais de R$300 com remédio para hipertensão para mim e para minha esposa. Esse cartão vai contribuir muito para as despesas domésticas”, declarou.
Confira aqui a rede credenciada de estabelecimentos parceiros.
O secretário Miguel destacou a importância do programa para a população maricaense
O coordenador do Instituto Palmas relembrou a implantação há 15 anos do primeiro banco comunitário no Ceará
O aposentado Braz da Silva vive com um salário mínimo
O secretário Miguel, Adriana de Abreu, e o pequeno Cauã, de dois anos

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