A quantidade de pessoas feridas, registradas, também subiu para 559. Ao todo, 379 são civis e 180 militares e policiais
Bogotá - A procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Diaz, afirmou nesta sexta-feira que subiu para 37 o número de mortes ocorridas em meio aos protestos registrados nas últimas seis semanas no país. O órgão também divulgou que até o momento, investiga 81 denúncias de violações de direitos humanos.
"Até agora o Ministério Público tem 81 investigações de supostas violações de direitos humanos, há 17 funcionários dos corpos de polícia e militares privados de liberdade, três com medidas cautelares substitutivas e sete ordens de detenção ainda não cumpridas", disse a procuradora.
Em uma entrevista coletiva, Luísa Ortega disse que do total de mortos, 29 eram civis e oito militares e funcionários do governo. A quantidade de pessoas feridas, registradas, também subiu para 559. Ao todo, 379 são civis e 180 militares e policiais. "Há ainda 168 pessoas presas".
De acordo com ela, o Ministério Público tem orientado os organismos da polícia quanto ao respeito aos direitos humanos, pois "o Estado venezuelano tem como política permanente a cultura de respeito pelos direitos humanos". Aspecto que, no seu entender, deve estar presente nas abordagens policiais das manifestações, em qualquer conflito.
A procuradora admitiu que durante os protestos "ocorreram ações individuais de pessoas que fazem parte de um organismo, que cometeram irregularidades. Mas podem ter a certeza de que vamos castigar e sancionar quem for responsável por tais fatos", acrescentou.
Uma das principais queixas do movimento estudantil e de opositores diz respeito a supostos excessos, cometidos pela polícia, na repressão aos manifestantes. Entretanto, além de informar que está orientando os policiais, o governo diz que a repressão é dirigida aos que atuam de forma violenta, com atos de vandalismo e depredações do patrimônio público.
Hoje, estudantes de todo o país participaram de uma manifestação convocada pelo governo em Caracas e, além disso, o governo continua com as conferências regionais de paz, com foco nas regiões com maior resistência ao governo.
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