Glória Pires, portelense, volta a desfilar após 24 anos e diz que nunca sonhou em ser rainha de bateria: ‘Não é para mim’
Um hiato de quase 25 anos. Portelense desde que se entende por gente, Glória Pires relutou para voltar a desfilar pela escola de Madureira. Uma homenagem recebida na quadra da escola em dezembro a convenceu de que seria a hora do retorno. “Meu amor pela Portela nunca havia adormecido. É como um grande amigo que você não vê sempre mas por quem sente carinho”, compara.
Glória visitou o barracão da escola na noite de sexta, 28. Foi ver de perto os carros alegóricos que entrarão na Sapucaí nesta segunda, 3. Com terninho da diretoria, ela vai sair à frente da Velha Guarda, ao lado do marido, Orlando Morais. “Não gosto de sair em carro, prefiro ter a liberdade para brincar”, justifica ela, que herdou a paixão pelo carnaval da família, em Vaz Lobo, na Zona Nortedo Rio. “Lembro que eu tinha dois anos e minha mãe me fantasiou de baiana. Odiei, até chorei. Achava que estava vestindo anágua e sutiã! Mas foi ali que tudo começou”, diverte-se.
Do avô, que era comerciante em Madureira, veio a paixão pela Portela. Glória acha que ajudou a transmitir um pouco desse amor para os filhos. “A Cleo e a Antônia estiveram comigo na homenagem. Elas só não vão desfilar por causa de compromissos”, conta ela.
Glória diz que nunca sequer cogita sair na frente da bateria. Modesta, diz que não é algo para ela. “Além do mais, exige um comprometimento que eu não posso dar. É algo muito sério”, explica.
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