Porto da Pedra é destaque no primeiro dia de desfiles da série A
A chuva ameaçou, mas não tirou a animação dos componentes e nem do público presente na primeira noite de desfiles da Marquês de Sapucaí. Contando a história dos casais de mestre-sala e porta-bandeira, a Porto da Pedra, quinta a desfilar, arrancou aplausos e deve brigar forte pela vaga ao Grupo Especial.
Além de trazer o coreógrafo Carlinhos de Jesus representando uma porta-bandeira, a escola de São Gonçalo emocionou ao reunir em seu último carro várias duplas que desfilam juntas no principal grupo do carnaval carioca. A alegoria ainda trouxe Vilma Nascimento vestida de cisne, o apelido que a consagrou como uma das maiores porta-bandeira da história.
- Tenho um lema. Se querem me homenagear, que façam agora enquanto estou viva. Depois que eu morrer, serei apenas saudade - disse Vilma.
Reeditando o enredo campeão da Vila Isabel, "Kizomba, a festa da raça", a Paraíso do Tuiuti contou com o apoio das arquibancadas durante sua apresentação. Autor do enredo, o cantor Martinho da Vila não apareceu no desfile.
- Ele (Martinho da Vila) mesmo diz que Zumbi somos todos nós, não era para ser obrigatório. Eu já imaginava até que ele não viria por causa da idade dele. Mas, estou feliz - disse o carnavalesco Severo Luzardo.
A ajuda do público também ocorreu quando a Em Cima da Hora passou pela Avenida. A azul e branco trouxe de volta a melancolia de "Os sertões", de 1976.
- Agradeci muito a Deus por essa outra oportunidade de ver meu samba na Avenida. É como se eu estivesse ganhando na Mega-Sena - contou o compositor Edeor de Paula, de 81 anos.
Com problemas para finalizar seu carnaval - o trabalho no barracão só começou na semana do desfile, a tensão tomou conta da concentração da Rocinha. A roupa dos 280 ritmistas da escola chegou faltando poucos minutos para o desfile.
- Todos os meus ritmistas estão aqui, apesar desse contratempo. Eles me passaram uma tranquilidade. Vou desfilar com confiança - afirmou Mestre Maurão.
Problemas também no Império Serrano. O abre-alas da escola teve um princípio de incêndio, que prejudicou o andamento do carro na Avenida. Mas nem isso tirou a alegria do mestre de bateria, Gilmar. Ele desfilou ao lado da sua mulher, Sheila Cunha, grávida de oito meses. Casados há 15 anos, este é o primeiro filho do casal.
- Minha obstetra está aqui comigo. Não ia deixar de desfilar. Tenho que ficar de olho. Ainda mais que ele é um moreno bonito - brincou Sheila.
Apesar de não ser mais rainha de bateria da Verde e branco, Quitéria Chagas desfilou à frente a escola.
- Pedi para abrir mão do cargo porque estou no 4º período da faculdade de psicologia. Não conseguiria conciliar as duas coisas. O Átila (presidente) entendeu, mas disse que eu iria sair no Império de qualquer jeito - disse Quitéria.
Inocentes de Belford Roxo, União de Jacarepaguá e Renascer também desfilaram no primeiro dia da Série A. A Renascer estourou em um minuto o tempo máximo de desfile (65 min) e deve ser penalizada.
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