domingo, 28 de setembro de 2014

Posted: 26 Sep 2014 03:27 PM PDT
ONU
Noticiada como um acordo internacional para o combate ao desmatamento, a “Declaração de Nova York sobre Florestas” foi assinada por apenas 28 dos 130 países que compuseram a Cúpula do Clima das Nações Unidas e não representou um acordo oficial do organismo internacional. É o que afirma a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao esclarecer os motivos que levaram o Brasil a não ratificar o documento. “Não houve acordo, não houve negociação, mas apenas uma declaração”, explicou Izabella, em entrevista esclarecedora ao Blog do Planalto.
O esforço político que o secretário-geral da ONU, Banki-moon, fez ao chamar essa cúpula, disse a ministra, foi para que houvesse uma mobilização de chefes de Estado, de empresários, de trabalhadores, da sociedade civil organizada, dos ambientalistas, de todos aqueles que estão interessados em uma solução concreta para a redução de emissões no planeta, em função da urgência da questão do clima.
Nao_houve_acordo_declaracao_desmatamento_ONU2014
O Brasil defende que, em 2015, seja concretizado um acordo global do clima, com metas objetivas de redução de emissões de gás de efeito estufa e compromisso de proteção das florestas.
Segundo Izabella, a declaração funcionou mais para desviar o foco das verdadeiras metas que devem ser objeto de um acordo global. O texto, diz ela, enfatiza a cooperação financeira em torno de fundos privados, que estão sendo realizados em relação aos países envolvidos, mas não destaca a necessidade de os governos alocarem recursos no Green Fund, o fundo que foi criado dentro da Convenção do Clima da ONU, para atender os pobres.
“Esse compromisso não está sendo cumprindo. Bilhões de dólares anuais são devidos aos pobres. Os países desenvolvidos não cumpriram seus compromissos com a convenção do clima”. Izabella acrescenta que a declaração revela um grande interesse em envolver o capital privado nas soluções do clima. “Tudo bem, mas cadê o compromisso do capital governamental, das nações que há 22 anos subscreveram a convenção do clima e até hoje não alocaram os recursos?”, questiona a ministra.

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