quinta-feira, 29 de maio de 2014


Posted: 28 May 2014 01:22 PM PDT
A presidenta Dilma Rousseff inaugura, nesta quarta-feira (28), o segundo Centro de Especialidades Odontológicas da cidade de São Bernardo do Campo (SP). O CEO de Alvarenga terá 10 consultórios e um laboratório de próteses dentárias. Hoje também serão abertos mais quatro CEOs em Lucrécia (RN), Macaé (RJ), Rubiataba (GO) e Terra Santa (PA). Outros oito serão credenciados pelo Ministério da Saúde autorizando repasse de recursos para essas unidades como parte do programa Brasil Sorridente, que completa 10 anos em 2014. Com essas inaugurações, serão 1013 centros espalhados pelo País beneficiando 80 milhões de brasileiros em mais de 800 municípios.
A secretária de Saúde de São Bernardo, Odete Gialdi informa que o novo centro em São Bernardo atenderá a nove bairros e está localizado em uma região muito populosa. Rosana De Vito Izzo, chefe da odontologia especializada no município, considera o novo CEO muito importante para a cidade:
“É uma unidade grande, muito bonita, muito bem construída, muito bem equipada e, principalmente, localizada em uma área de grande vulnerabilidade social, dando um olhar muito especial a essa população. Então entendemos que para o município como um todo haverá um ganho porque nós vamos desafogar a unidade de Nova Petrópolis, daremos mais acesso aos bairros que irão contemplar a unidade, e para a região do Grande Alvarenga, poderemos tratar melhor dessa população, conduzir melhor o tratamento odontológico, principalmente porque eles são muito dependentes do serviço público naquela região”.
Brasil Sorridente
A cerimônia de inauguração faz parte das comemorações dos 10 anos do Brasil Sorridente, criado pelo governo federal em 2004. Desde então a saúde bucal passou a ser agenda prioritária do Ministério da Saúde. Nesta década foram investidos mais de R$ 7 bilhões no programa. “Em média, 100 CEOs foram implantados por ano, ofertando quase 20 milhões de procedimentos odontológicos de maior complexidade”, informou o coordenador nacional do programa, Gilberto Pucca.
O Brasil Sorridente é referência mundial na assistência odontológica como um dos maiores programas públicos na área de saúde bucal e atua em diversas frentes: tratamento, reabilitação e prevenção. Além dos CEOs, conta com mais de 23 mil equipes de saúde bucal que atendem nas unidades básicas de saúde de 89% dos municípios brasileiros. O programa também instala Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias.
Em 2013, o país ultrapassou a meta estabelecida no Plano Brasil Sem Miséria para 2013 e entregou 471 mil próteses. Para prevenir cáries, o programa incentiva a implantação de sistemas de fluoretação da água no abastecimento público, e inclui 15 mil novas pessoas recebendo água fluoretada por dia. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal apontou queda de 26% na incidência de cárie em crianças de 12 anos entre 2003 e 2010, fazendo com que o Brasil passasse a fazer parte do grupo de países com baixa prevalência de cárie dentária, segundo aOrganização Mundial de Saúde. O Brasil Sorridente é referência como um dos maiores programas públicos na área de assistência odontológica do mundo.
Pucca destaca a mudança social proporcionada pelo tratamento bucal de pessoas que nunca tiveram esta oportunidade. Ele enfatiza um dado estarrecedor: antes do Brasil Sorridente constatou-se que a 75% da população brasileira de 65 anos tinha perdido todos os dentes. Em dez anos, foi reduzido em 50% o índice de perda dentária e mais de 2,1 milhões de próteses foram entregues.
“Quem precisava de um tratamento odontológico especializado, como é ofertado dentro dos CEOs, tinha que pagar por esse atendimento dentro da rede privada. Isso significa dizer que quem não tinha dinheiro perdia seus dentes desnecessariamente. Nós costumamos dizer que infelizmente isso naturalizou a perda dentária, começou-se achar que era normal não ter dentes. Não é justo, não é saudável, que a pessoa que tenha dinheiro possa sorrir e a pessoa que não tenha dinheiro não possa nem ter esse direito. Por isso se coloca a saúde bucal dentro de uma pauta prioritária da Saúde, entendendo-se que, além de uma necessidade biológica, que tem repercussões que não são só na boca, é um direito de cidadania. É um direito que resgata a autoestima dessas pessoas.”

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