quinta-feira, 4 de setembro de 2014

RNEST em pré-operação para iniciar refino em novembro de 2014

03.Set.2014
rnest-geral-5.jpgFoto: 05/08/2014
Confira o que já foi iniciado:
A RNEST, unidade de refino em final de construção em Pernambuco, atingiu em julho o avanço físico de 89,1%. Até a data de partida de seu primeiro trem de refino, prevista para novembro de 2014, importantes sistemas entrarão em operação, atendendo ao sequenciamento de partida da planta. A situação é a seguinte:
• Já estão em operação os sistemas de utilidades, que suprem a refinaria com água industrial para geração de vapor, energia elétrica e ar comprimido;
• já foi entregue a primeira torre de resfriamento, que faz parte do sistema de circulação de água de processo;
• já foi iniciada a operação dos sistemas de distribuição de energia elétrica nas instalações industriais, com a energização de diversas subestações, incluindo a subestação de entrada;
• as caldeiras a óleo combustível foram acesas em maio e estão em operação. O vapor gerado nas caldeiras é utilizado para comissionamento das tubovias e unidades da refinaria e já está disponível na entrada das unidades de processo.
O próximo sistema a entrar em pré-operação será a rede de gás natural, quando se dará o acendimento definitivo da tocha principal, previsto para a primeira quinzena de setembro.

A RNEST estará recebendo a primeira carga de petróleo nos seus tanques no dia 5 de setembro. O produto será descarregado através do Píer de Granéis Líquidos 3A do Porto de SUAPE, seguindo para a refinaria em duto de 46” de 11,1 km. Está previsto o recebimento de cerca de um milhão barris de petróleo até outubro de 2014 para viabilizar testes e a operação inicial da refinaria.

Quanto às unidades de processo, a Unidade de Destilação Atmosférica tem sua pré-operação prevista iniciando em setembro e as demais (Coqueamento Retardado, Hidrorrefino e Geração de Hidrogênio) têm seu início de pré-operação previsto para outubro, culminando com a partida do primeiro trem de refino em novembro.

Conheça a Refinaria Abreu e Lima - RNEST:
Em 2014, 34 anos depois de construir a última refinaria do parque de refino brasileiro (Refinaria Henrique Laje em São Paulo), colocaremos em operação a Refinaria Abreu e Lima de Pernambuco. Com isso, a capacidade nacional de refino aumentará em 230 mil barris de petróleo por dia de operação (bopd). A RNEST será a nossa refinaria com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel, produto de maior demanda no mercado, o que confere ao empreendimento uma importância ainda maior para o abastecimento do País. Sua capacidade de conversão será da ordem de 70%, o que significa que a cada 100 barris de petróleo cru processados, 70 barris de diesel serão produzidos.  A produção de diesel da RNEST será de 161 mil bpd, o que representa quase 17% do volume de diesel consumido no Brasil no primeiro semestre de 2014 (973 mil barris por dia).
abreu-e-lima-refino-3.jpg

A RNEST viabiliza o atendimento da demanda de derivados da região Norte e Nordeste com redução do nível de importações e de custos na logística do abastecimento.  A refinaria ocupa uma área de 6.200.000 m2, o equivalente a 826 campos de futebol.
Ao integrar-se às demais unidades de refino da Petrobras, a RNEST contribuirá para a otimização operacional e logística do parque de refino nacional.  Com seu sistema flexível de processamento, baseado em dois trens de refino, a refinaria poderá receber tanto cargas de petróleo pesado, de menor valor, quanto cargas de petróleo mais leve, liberando as demais unidades do parque de refino para processar tipos de petróleo mais convenientes e atrativos para a Petrobras. Um parque de refino maior significa maior produção e melhor distribuição de derivados. Significa também menos importação de diesel, de nafta e de GLP, não só pelo aumento da produção em si na nova refinaria, como pela operação otimizada do conjunto de refinarias nacionais.
faixa-de-dutos6.jpgPorto de Suape, já adaptado e ampliado para as operações da RNEST - Foto: 05/08/2014
Fases do Projeto da RNEST
O ciclo de vida típico de um projeto de investimento de grande porte é dividido em cinco fases:
Fase 1. Avaliação de Oportunidade;
Fase 2. Projeto Conceitual;
Fase 3. Projeto Básico;
Fase 4. Execução; e
Fase 5. Início de Operação e Encerramento.
Tanto na teoria quanto na prática, alterações e aprimoramentos são comuns nas três fases iniciais, antes da conclusão do projeto básico e aprovação da construção.  Este processo de configuração e definição da refinaria, que começa com a Fase 1 (Avaliação de Oportunidade), com o projeto ainda na “prancheta”, passando pela Fase 2 (Projeto Conceitual), termina com a aprovação da Fase 3 (Projeto Básico), que autoriza o início das obras de construção e montagem eletromecânica das instalações industriais. 
Assim, progressivamente são incorporados ajustes que alinham o projeto perfeitamente com o nosso Plano de Negócios e Gestão.  Todas essas fases são acompanhadas de estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e ambiental (EVTE) que sustentam o prosseguimento do projeto.  Ao longo da Fase 4 (Execução) a refinaria já inicia algumas de suas atividades operacionais.  Então, paralelamente, inicia-se a Fase 5, que inclui o encerramento do projeto e início das atividades eminentemente operacionais.
Grandes empreendimentos, como refinarias, demandam investimentos para implantação de ajustes e até modificações expressivas em sua configuração original, mesmo após o encerramento dos projetos que os conceberam. Estas alterações objetivam manter as refinarias operacionalmente atrativas e incluem, por exemplo, implantação de mudanças para atender novas cargas de petróleo, alterações para atender as evoluções na demanda de mercado em relação à quantidade e qualidade dos derivados, bem como obras de adaptação para manter a refinaria e suas unidades de produção atualizadas tecnologicamente e em estreito atendimento aos requisitos ambientais em constante evolução.  Sem exceção, todas as refinarias da Petrobras passaram por modificações e ajustes desta natureza.  No caso da RNEST, não é diferente.
Na sua concepção inicial, em 2005, compatível com o objetivo da Fase 1 (Avaliação de Oportunidade), o projeto da RNEST possuía grau de definição suficiente apenas para a elaboração de uma estimativa de custo preliminar, pois estavam disponíveis somente informações como capacidade, perfil de processamento e localização da planta, o que é próprio dessa fase.
A partir da aprovação da Fase 1, com o desenvolvimento das Fases 2 e 3, foram promovidos ajustes no projeto, tais como: mudança na capacidade da refinaria, alteração do tipo de petróleo a ser processado, alterações para viabilizar mudança de um para dois trens de refino, afetando a quantidade de equipamentos e os quantitativos de obra, otimização do parque de tancagem de petróleo e produtos, detalhamento das obras de infraestrutura incluindo a ampliação do porto de SUAPE com prolongamento do molhe de atracação, construção de novos píers, reforço dos cabeços, além de investimentos em rodovias e acessos necessários à operação da RNEST.
Depois de cumpridas as Fases iniciais do projeto, em 2009 as obras de infraestrutura industrial foram aprovadas, dando início às atividades da Fase 4, de construção eletromecânica em 2010, no município de Ipojuca. 

2005 – A RNEST da Fase de Avaliação de Oportunidade
A produção de derivados a partir do petróleo envolve, basicamente, três processos principais:
1. Destilação – Processo que visa separar derivados contidos no petróleo;
2. Conversão – Processo que visa produzir mais derivados nobres a partir de derivados mais pesados e de menor valor;
3. Tratamentos – Processos para adequar os derivados à qualidade exigida pelo mercado.
O conjunto de unidades e equipamentos envolvidos sequencialmente nesses processos é chamado de “trem de refino”.
abreu-e-lima-2005-5.jpgTrem de refino típico (destilação + conversão + tratamento)
Inicialmente concebida com um único trem de refino, com capacidade de processar 200 mil bpod, a RNEST foi estimada em US$ 2,4 bilhões.  Esta concepção inicial, que justificou o início da Fase 2 (Projeto Conceitual) e não o início de sua construção, foi estimada com base nas seguintes premissas:
1. Base de preços com referência em unidades no Golfo do México (EUA), tradicional polo da indústria petrolífera;
2. Capacidade de refino de 200 mil bopd, com base em unidades de processamento de grande porte;
3. Utilização de câmbio a R$ 3,00/US$;
4. Estimativas preliminares, sem definição completa das obras de infraestruturas, tais como: infraestrutura do sistema de água e de energia elétrica, configuração dos sistemas de armazenagem e de transferências, estradas do entorno, adaptações portuárias;
5. Baixo grau de detalhamento de todos os custos próprios para a região, como mobilizações necessárias de mão de obra e equipamentos, e custos associados às exigências ambientais locais, uma vez que estas definições somente seriam plenamente alcançadas com o desenvolvimento do projeto nas suas várias fases;
6. Estimativa baseada em métricas de obras de melhorias, adaptações e ampliação de capacidade de refinarias já existentes no nosso parque (são chamadas obras de REVAMP), que haviam sido recentemente realizadas pela Petrobras e, assim sendo, não foi utilizada base de custos para construir uma unidade industrial partindo do terreno vazio (refinaria greenfield).

2009 – O Projeto Básico da RNEST Aprovado para Construção
Ao longo da Fase 2 (Projeto Conceitual), e especialmente na Fase 3 (Projeto Básico), a concepção inicial da refinaria evoluiu e sofreu modificações.  As principais modificações, que foram incorporadas em cada fase com base em seus respectivos estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e ambiental (EVTE), incluíram:
1. Adequações para atender à demanda de qualidade dos derivados, como a necessidade de atender à produção de diesel S10 com revisões nas unidades de processamento e respectivas unidades de utilidades e auxiliares;
2. Incremento da capacidade de processamento da refinaria que, inicialmente concebida para processar 200 mil bopd, passou para 230 mil bopd;
3. Incorporação de novas unidades: a RNEST passou a ter unidades de abatimento de emissões para atender exigências ambientais, bem como sofreu otimizações para menor dependência energética, com menor consumo de utilidades (energia, vapor e água);
4. Decisão de construir dois trens de refino independentes, viabilizando flexibilidade na utilização de variados tipos de petróleo, inclusive o venezuelano, com maior confiabilidade operacional e maior fator de utilização das unidades. E, ainda, decisão de construir infraestruturas extramuros adicionais, com inclusão de obras necessárias à operação da refinaria, que incluíram construção e duplicação de rodovias e adaptações e ampliação do porto de Suape.
abreu-e-lima-2009-5.jpgConfiguração com dois trens de refino (destilação + conversão + tratamento)
Com a conclusão da Fase 3 a RNEST teve, então, a estimativa de seus investimentos concretizada  para a Fase de Execução, e estimada em US$ 13,4 bilhões. Esse valor reflete os custos dos ajustes efetuados, as variações cambiais e o aquecimento do mercado fornecedor de bens e serviços com base de custos atualizada. Assim, em 2009 a concepção inicial da refinaria, avaliada em US$ 2,4 bilhões em 2005, deixou de ser referência, pois foi significativamente modificada.

Agosto 2014 – A Refinaria em Construção
A configuração da Fase de Projeto Básico da RNEST teve sua construção aprovada em 2009, apresentando maior capacidade de processamento e dois trens de refino com a maior taxa de conversão para produtos nobres do parque de refino atual e contemplando as obras extramuros antes citadas. Também, é uma refinaria tecnologicamente atualizada e ajustada às exigências ambientais relacionadas à emissão de poluentes e à qualidade de produto, principalmente o Diesel S-10.
Ademais, atende aos requisitos de mercado e de órgãos reguladores, como Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Por essas razões principais, a RNEST que está em construção não é aquela de prancheta vista na Fase 1 de Avaliação de Oportunidade.  Seu investimento (US$ 13,4 bilhões) é superior ao originalmente previsto (US$ 2,4 bilhões) e é, de fato, a referência de CAPEX (investimento) que deve ser considerada em quaisquer referências à refinaria que ora está em término de obras.
A RNEST está apta a receber tanto cargas de petróleos pesados nacionais e importados de menor valor, quanto cargas de petróleos mais leves.  A incorporação da RNEST ao parque de refino nacional traz vantagens operacionais e de logística inerentes à flexibilidade da alocação otimizada de matéria prima, estando em linha com outras refinarias existentes com mais de um trem de produção (REGAP, REFAP, REPLAN, REDUC, RLAM e RPBC).
Quanto ao custo da obra, informamos que a RNEST tem projeção de investimentos de US$ 18,5 bilhões para sua plena conclusão. A data de partida e a projeção de investimentos para conclusão da RNEST estão aderentes às projeções divulgadas no Plano de Negócios e Gestão PNG 2012-2016, que foram reconfirmadas nos Planos de Negócio e Gestão PNG 2013-2017 e PNG 2014-2018.

Até julho de 2014, o avanço físico acumulado do empreendimento foi de 89,1%, e a realização financeira acumulou US$ 16,5 bilhões.  O investimento total para concluir a obra (projeção de US$ 18,5 bilhões, conforme previsão do PNG 2014-2018) incorpora variação cambial, aditivos contratuais para adequação de escopo e reajustes contratuais para reposição de inflação.
É importante destacar que todos os contratos e aditivos das obras, inclusive os assinados até 16/12/2013, por ocasião da incorporação da RNEST à Petrobras, foram submetidos previamente aos órgãos competentes da companhia para autorização interna e recomendação para aprovação da refinaria, observadas as análises técnicas, comerciais, tributárias e jurídicas pertinentes, conforme modelo de governança do Sistema Petrobras.
Deve ser registrado que todas as proposições levadas à Diretoria Executiva por seus Diretores são aprovadas pelo colegiado, nunca por um único diretor individualmente. Naturalmente, todas as decisões tomadas no âmbito dessa Diretoria obedecem às normas e padrões vigentes e são auditadas regularmente, conforme Plano Anual de Atividade de Auditoria Interna da Petrobras. Registramos, ainda, que não é atribuição do Conselho de Administração da Petrobras aprovar contratos e aditivos da RNEST e de qualquer outro empreendimento.

Novembro de 2014 - Refinaria Processando Petróleo
A refinaria já se encontra em pré-operação desde maio de 2014, com ações que antecedem ao início do processamento de petróleo na Unidade de Destilação do primeiro trem de refino em novembro próximo. Deve ser observado que obras do segundo trem de refino continuarão, como previsto, até maio de 2015, quando se completará integralmente a Fase 4 (Execução) e Fase 5 (Início de Operação e Encerramento), ambas agora seguindo em paralelo.
É importante considerar a avaliação da integração da RNEST ao conjunto das demais unidades de refino do ponto de vista contábil. Seguindo as normas contábeis nacionais e internacionais, a Área de Abastecimento da Petrobras realiza, anualmente, testes e avaliações de seus ativos de refino e logística, que incluem os investimentos, as despesas e as receitas futuras geradas pela RNEST.  Os resultados desses testes e avaliações têm sido positivos, demonstrando que a sinergia da RNEST com as demais unidades do parque de refino agrega valor aos resultados da Petrobras, excluindo, portanto, do balanço da Petrobras qualquer valor como perda resultante do investimento da RNEST.

Fotos da RNEST em agosto de 2014


Obs. Conteúdo atualizado em 3 de setembro de 2014.
Postado em: [Institucional, Atividades]

Nenhum comentário:

Postar um comentário