domingo, 24 de janeiro de 2016

Saúde acompanha bebês prematuros e com necessidades especiais

Foto: Allexandre Costa
Daniela Lima orienta Flávia Veríssimo, mãe do Mathias, de 5 meses
Foto: Allexandre Costa
Daniela Lima, fisioterapeuta, acompanha o desenvolvimento dos bebês
Foto: Allexandre Costa
Pediatra Vanessa conversa com os pais de Mathias sobre a saúde do bebê
Alguns bebês prematuros ou que apresentam síndromes necessitam de um acompanhamento específico de saúde nos primeiros anos de vida. Para garantir o desenvolvimento esperado, a Secretaria de Saúde de Rio das Ostras conta com um serviço multidisciplinar, envolvendo pediatria, fisioterapia, nutrição, enfermagem e assistência social, para atendimento a essas crianças. 

O ambulatório de “Follow-up”, ligado ao Programa de Saúde da Criança, funciona no Centro de Saúde da Extensão do Bosque. Atualmente, cerca de 80 crianças estão cadastradas. O serviço também orienta os pais quanto a uma rotina de cuidados necessários para essas crianças e ainda estimula o aleitamento materno e a interação entre os pais e filhos. 

A pediatra Vanessa Oliveira explica que bebês que apresentam síndrome, como a Síndrome de Down, e alguns prematuros precisam de um acompanhamento especializado nos primeiros anos de vida, de forma mais regular e frequente. Essas crianças, em geral, recebem medicação específica e precisam de outros tipos de estímulo para que atinjam o desenvolvimento esperado para eles, em cada etapa. 

TRIAGEM - Para avaliar a necessidade do acompanhamento especializado, as crianças passam por uma triagem, na qual os profissionais definem se o bebê deve receber o atendimento regular da Rede Municipal ou se precisa do atendimento do ambulatório de Follow-up. A triagem leva em consideração o tempo de gestação da mãe, o tempo de internação a que o bebê foi submetido, doenças que a criança apresenta, entre outros fatores. 

Marcus Vinícius, de 7 meses, é uma das crianças acompanhadas pelo serviço. Ele nasceu de 35 semanas, no Hospital Municipal, e foi encaminhado ao ambulatório. A mãe, Thayane de Azevedo, conta que além do acompanhamento de saúde, a troca de informações entre as mães também contribui para diminuir as dúvidas e insegurança. 

“Ele é meu segundo filho prematuro, mas cada filho é diferente. São muitas dúvidas. Os profissionais me ajudaram com o aleitamento, já que ele teve que retomar a amamentação depois da internação. Além disso, uma mãe vai dando força para a outra. A gente se apoia. Esse carinho e apoio emocional faz toda diferença”, explica Thayane, moradora de Cidade Praiana. 

A fisioterapeuta Daniela Lima diz que as atividades servem para estimular os bebês a se desenvolver no período esperado, buscando progressos como a capacidade de se mover sozinho, sentar etc. 

“Os pais são orientados quanto a atividades que devem ser feitas, rotineiramente, para estimular o desenvolvimento motor dos bebês. O atendimento é realizado levando-se em conta as necessidades de cada criança. Se for necessário, o paciente é encaminhado ao serviço de reabilitação”, explica Daniela. 

Flávia Veríssimo é mãe do Mathias, de 5 meses de idade. O bebê nasceu de 34 semanas e a mãe precisou de ajuda com a amamentação. “O suporte que eu recebi foi muito importante para que pudesse amamentar o Mathias. Também é muito válido que o serviço conte com equipe multidisciplinar”, opina Flávia. 

SHANTALA - Os pais também são incentivados a estreitar o vínculo com seus filhos, o que é essencial para o bom desenvolvimento. Uma das atividades do ambulatório que contribuem para integração entre os pais e o bebê, pelo toque, é a Shantala. 

A Shantala é um tipo de massagem milenar, de origem indiana, que contribui para prevenir problemas comuns em bebês, como as cólicas e prisão de ventre. Ainda ajuda a tranquilizar a criança e faz com que ela durma melhor, levando também mais calma aos pais.

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