segunda-feira, 5 de maio de 2014


Era Vargas

"Era Vargas" de José Augusto Ribeiro será relançado na terça (6/5)

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O jornalista José Augusto Ribeiro lança, em Brasília, na próxima terça-feira (6/5), às 15 horas, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, a segunda edição, revista e ampliada, de sua trilogia “A Era Vargas”, publicada originalmente em 2001, que cobre acontecimentos políticos de mais de 70 anos da vida brasileira – da fundação do Partido Republicano gaúcho, em 1882, à morte de Getúlio no desfecho da crise de agosto de 1954; e a divulgação de sua Carta-Testamento, texto político que Darcy Ribeiro considerava dos mais importantes da História do Brasil. 
O relançamento da trilogia – iniciativa da Fundação Leonel Brizola - Alberto Pasqualini do PDT e da Editora Folha Dirigida – faz parte da programação “60 Anos Sem Getúlio Vargas”, da Câmara dos Deputados. Antes dos autógrafos, será realizado debate sobre a importância para o Brasil de Vargas e de seu legado, com a participação da socióloga Celina Vargas do Amaral Peixoto, do jornalista Beto Almeida, do engenheiro Paulo Metri – do Clube de Engenharia e da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), e do próprio autor. 
A nova edição dos três livros da “Era Vargas” foi especialmente ampliada no segundo volume, dedicado à Revolução de 1930, que recebeu mais de 200 páginas sobre o debate da campanha presidencial de 1929-1930; a questão social negada por Washington Luís; as principais decisões do primeiro governo Vargas (1930-1945); a busca de soluções nacionalistas para a questão dos minérios, da siderurgia e do petróleo brasileiros; e os avanços sociais da Revolução de 30, como o voto da mulher, o voto secreto e a criação da Justiça Eleitoral. 
O livro detalha a participação brasileira na II Guerra Mundial, o rompimento do Brasil com a Alemanha nazista e o apoio aos Aliados; a criação da legislação trabalhista; o Estado Novo e o seu desmonte pelo próprio Vargas; o apoio ao Marechal Dutra e o afastamento deste, após ser eleito; o autoexílio de Vargas em São Borja e seu retorno à política; a vitoriosa campanha eleitoral de 1950 e a volta de Vargas ao poder. Relata também as realizações do segundo governo Vargas, marcadamente nacionalista e voltado para reafirmar as conquistas da Revolução de 30. 
Também conta como Vargas retoma as propostas de José Bonifácio – o Patriarca da Independência –, ao estabelecer prioridade absoluta à Educação: nos orçamentos de 1931 e 1932, destinou 5,14% de suas verbas para o Ministério da Educação, por ele criado, no início do Governo Provisório, quase o dobro do Ministério da Agricultura (2,84%), em um país ainda essencialmente agrícola. 
Já o terceiro volume trata exclusivamente da crise de agosto de 1954 e de seu desfecho, que chocou o Brasil, mas garantiu a sobrevivência do legado de Getúlio Vargas, inclusive da recém-criada Petrobras, defendida na Carta-Testamento. 
O jornalista José Augusto Ribeiro já trabalhou nos principais veículos de comunicação do país e é autor, entre outros, dos livros “De Tiradentes a Tancredo, história das Constituições do Brasil” (1987) e “Nossos Direitos na Nova Constituição” (1988). Ainda este ano, lançará, pela Record, uma biografia sobre Tancredo Neves, de quem foi assessor de imprensa, função que também exerceu na campanha de Leonel Brizola à presidência da República, em 1994.

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