segunda-feira, 5 de maio de 2014

Esclarecimento sobre participação da Petrobras no leilão de energia

05.Mai.2014
Leia nosso comunicado, divulgado nesta segunda (05/05), sobre nossa participação em leilão de energia promovido pelo Ministério de Minas e Energia:
A Petrobras participou, no dia 30 de abril, do leilão A/2014 realizado pelo Ministério de Minas e Energia com o objetivo de contratação de energia elétrica para atendimento às parcelas descontratadas das distribuidoras. Nesse leilão, a companhia comercializou 574 MW médios das suas usinas termelétricas que estavam descontratadas a um valor de R$ 262,00/MWh até dezembro de 2019.
No certame foram contratados 2.046 MW médios atendendo a 85% da demanda descontratada que, segundo a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, era de 2.400 MW médios. Desse total de energia contratada, 1.471 MW médios foram provenientes de usinas hidrelétricas na modalidade quantidade e 575 MW médios provenientes de usinas termelétricas na modalidade disponibilidade.
Vale destacar que o valor da energia comercializada nesse Leilão é superior à expectativa de preço futuro da energia, tanto nas projeções da Petrobras, quanto do restante do mercado. Segundo a Plataforma DCIDE (www.dcide.com.br), os preços futuros de energia no Ambiente de Contratação Livre para o mesmo período de análise é, na média, R$ 233,50/MWh, 10% inferior ao preço da energia vendido pela Petrobras nesse leilão.
A Petrobras discorda de algumas análises que, sem embasamento técnico, comparam os preços praticados no Leilão com o preço do Mercado de Curto Prazo que, hoje, é de R$ 822,23/MWh, o qual infere que a Petrobras teria um prejuízo mensal de R$ 230 milhões e anual de R$ 2,8 bilhões.
Essa comparação, que é tecnicamente incorreta, parte da premissa inadequada de que o preço da energia ficará no seu patamar mais elevado (R$ 822,23/MWh) nos próximos cinco anos. Também comete um grave equívoco com relação à receita que a empresa perceberá. Nos momentos em que as usinas estiverem despachadas, como agora, elas recebem, além da Receita Fixa, que, nesse leilão, ficou próxima a R$ 133,00/MWh, também o Custo Variável Unitário (CVU) de geração que, hoje, é R$ 342,15/MWh. Quando as usinas não estiverem acionadas, receberão a Receita Fixa.
Para que se mantenha o valor de R$ 822,23/MWh seria preciso chover nos próximos cinco anos, seguidamente todas as semanas do ano, um volume abaixo da média histórica (MLT) dos últimos 50 anos. O histórico não reflete essa premissa, pois nos últimos 10 anos o valor do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) ficou, em média, em R$ 121,40/MWh, sendo que o maior valor registrado nesse período foi em 2013 (R$ 262,84/MWh) e o menor em 2005 (R$ 28,88/MWh).
A Petrobras analisa e acompanha o mercado de energia elétrica, procurando sempre boas oportunidades de obter o melhor retorno para seus ativos. Recentemente, a Petrobras comprou 90 MWh médios para entrega a partir de 2016 a um preço médio de R$ 127,29/MWh, inferior ao que a Companhia vendeu nesse Leilão A 2014, o que reitera que o mercado não acredita que o preço da energia permanecerá tão elevado nos próximos anos.
As análises do mercado indicavam que se tratava de uma boa oportunidade de negócio para os geradores, conforme citações feitas à imprensa por especialistas do setor. Cabe destacar, ainda, a participação, nesse leilão, dos geradores privados Tractebel Energia (150 MW médios), BTG Pactual (149 MW médios) e Brookfield Energia (25 MW médios).
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