sábado, 20 de julho de 2013

Recepção para o papa no Palácio Guanabara vai custar R$ 850 mil




O jornal Folha de S. Paulo  informa na edição deste sábado que a recepção organizada para receber o papa Francisco no Palácio Guanabara, na próxima segunda-feira (22), vai custar R$ 850 mil. De acordo com a assessoria de imprensa do governador Sérgio Cabral, 650 pessoas estão na lista de convidados, o que significa que cada um deles custará em torno de R$ 1.300.

O papa jesuíta, que desde o início do seu pontificado defendeu a simplicidade e a humildade, não deve ficar muito à vontade com esses gastos exorbitantes. Certamente, os cristais e as porcelanas finas do Palácio não combinam com o desapego do Santo Padre às coisas materiais.

Ainda mais, se ele souber que um dos maiores e mais luxuosos hotéis do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace, cobra em torno de R$ 250 por pessoa para uma recepção em que são servidas entradas, coquetéis, saladas, prato quente e sobremesa. Segundo o Palácio Guanabara, no bufê da recepção ao papa haverá apenas café, água e biscoitos. Nem água e biscoitos importados custariam tanto assim!!!!

Segundo a Folha de S. Paulo, a empresa responsável pela recepção, Cenários e Cenas, foi escolhida por licitação.

Entre os convidados para a recepção no palácio estão a presidente Dilma Rousseff. Também foram convidados para o evento o vice-presidente Michel Temer e oito governadores estaduais, além do anfitrião, o governador Sérgio Cabral.

O papa Francisco já condenou a cultura do desperdício de alimentos em todo o mundo. "Deus confiou ao homem e à mulher o cultivo e o cuidado da terra, para que todos pudessem morar nela, mas o egoísmo e a cultura do desperdício levaram ao descarte das pessoas mais fracas e necessitadas", disse o pontífice. 

"Em muitas partes do mundo, apesar da fome e da desnutrição existentes, muitos alimentos são desperdiçados", acrescentou o papa no Dia Mundial do Meio Ambiente.

As palavras de Francisco são um claro recado aos que estão criando uma expectativa de grandes festejos durante sua estadia na Jornada Mundial da Juventude. A possibilidade de encontrar opulência nas comemorações do evento poderá ser uma grande decepção para o papa que mantém a coerência em seus discursos desde que assumiu o pontificado, insistindo em falar na pobreza.    

Francisco lembrou também que os alimentos jogados no lixo são alimentos roubados da mesa do pobre, de quem tem fome. "A ecologia humana e a ecologia ambiental são inseparáveis", afirmou.

Ele também advertiu que "a pessoa humana está hoje em perigo".  "Na cultura do desperdício, se morrem homens e crianças não é notícia; se a bolsa cai é uma tragédia", comentou. "Acaba-se por descartar as pessoas. Deixa-se de respeitar a vida, sobretudo se é pobre ou incapacitada, ou se ainda não é útil, como a criança que vai nascer, ou se não serve mais, como o idoso", concluiu.

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