sábado, 24 de agosto de 2013

Cabral é investigado pelos MPs Federal, Estadual e Alerj

O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) entrou com denúncias contra o governador Sérgio Cabral nos Ministérios Públicos Estadual e Federal, além do pedido de impeachment protocolado na Assembleia Legislativa (Alerj) na última terça-feira (20/08), todos baseados na mesma questão: o favorecimento do escritório da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo. O Ministério Público Federal deve investigar se o governador cometeu crime ao usar o cargo, e o Ministério Público Estadual tem que analisar a incidência de improbidade administrativa.


Freixo ressalta as acusações de favorecimento do escritório de advocacia da primeira-dama, publicadas pela revista Veja no último final de semana. Antes de Sérgio Cabral assumir o cargo, as empresas ligadas ao governo do estado do Rio de Janeiro respondiam por 2% da receita do Coelho&Ancelmo Advogados. A partir de 2007, no início do primeiro mandato de Cabral, a participação dessas empresas na receita pulou para 60%.
Cabral e a primeira-dama, Adriana Ancelmo
Cabral e a primeira-dama, Adriana Ancelmo
"São três pedidos, mas a denúncia é a mesma. Houve um crescimento enorme de empresas que tinham alguma relação com o governo sendo atendidas pelo escritório da primeira-dama, as que têm concessão, caso do Metrô e da Supervia, e empresas com relações comerciais, que ganharam dispensa de licitação do governo do estado. Por que essas empresas todas escolheram o escritório durante o governo de Sérgio Cabral e não antes? É evidente que isso tem que ser investigado. Se o Ministério Público Federal, Estadual e a Assembleia Legislativa não acatarem as denúncias, terão que justificar sua decisão. Essas denúncias são muito graves", declarou Marcelo Freixo.


Como a família é uma unidade econômica, ele ressalta, se houve favorecimento do escritório de Adriana, este favorecimento atinge também o governador. O andamento dos processos, agora, é de responsabilidade de cada órgão. "Fiz a denúncia, mas a responsabilidade agora é deles (Ministério Público e mesa administrativa da Assembleia). A gente pede que os órgãos façam as investigações que cabem a eles".

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