sábado, 24 de agosto de 2013

Buraco negro: Estratégia para salvar empresas de Eike Batista não é simple

Os banqueiros estão quebrando a cabeça para salvar as empresas de Eike Batista e evitar um rombo em seus próprios balanços. 

Eike deve R$ 25,1 bilhão no mercado. Com um buraco desse tamanho, o problema não é só dele, mas de todos que têm dinheiro no grupo X. 

Demorou, mas os credores conseguiram convencê-lo de que a única saída é vender seu império aos pedaços, pelo preço que aparecer. 

Mas nem isso é tarefa das mais fáceis, por causa de uma conta simples: na maioria dos casos, os ativos das empresas não valem as dívidas. 

E dá para acrescentar outro complicador: os investimentos necessários para finalizar as obras são vultosos.
Apesar de todas as dificuldades, parece que vai se delineando um caminho mais ou menos parecido em todas as companhias. 

A primeira providência é achar um sócio disposto a colocar dinheiro. Mas, obviamente, ele vai querer pagar barato e obrigar os bancos a dividir os custos e os riscos. 

O segundo passo é esse sócio sentar com os bancos credores. Ele precisa renegociar a dívida da empresa e vai pedir novos empréstimos para finalizar a obra. 

Itaú e Bradesco vem demonstrando "boa vontade" e rolando as dívidas de Eike em condições camaradas. 

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, já disse a interlocutores que vai analisar empréstimos para as empresas do grupo EBX que mudarem de dono. 

Não é um resgate direto de Eike, mas vale ressaltar que ele vai continuar sócio relevante nas companhias. 

A verdade é que restam poucas alternativas, depois que o banco estatal aprovou R$ 10 bilhões em empréstimos ao empresário e o mercado privado empenhou outros R$ 15 bilhões. 

A outra opção é as empresas quebrarem, abalando a imagem do Brasil e deixando inacabadas obras faraônicas.

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