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O presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e a ex-senadora Marina Silva,
recém-filiada ao partido, afirmaram nesta quinta-feira (10) que a
definição oficial de quem disputará a Presidência e quem concorrerá como
vice pela legenda nas próximas eleições só será tomada em 2014.
“A decisão que nós temos tomada com muita clareza é que nós estamos
fazendo uma aliança que busca a identidade que o PSB e a Rede têm. É
preciso começar a aliança não pelos nomes, mas pelo conteúdo”, afirmou
Campos. “Nós temos clareza que esta é a hora de debater o conteúdo e em
2014 nós vamos tomar uma decisão sobre a chapa. Não haverá nenhum
problema entre o PSB e a Rede nessa questão”, disse.
Marina se filiou ao PSB no último sábado (5), dois dias após a Justiça Eleitoral negar registro à Rede, partido que fundou e com o qual pretendia disputar a Presidência. No anúncio, ela já havia indicado que apoiaria o nome de Campos para o pleito, mas evitou dizer que seria vice.
Marina se filiou ao PSB no último sábado (5), dois dias após a Justiça Eleitoral negar registro à Rede, partido que fundou e com o qual pretendia disputar a Presidência. No anúncio, ela já havia indicado que apoiaria o nome de Campos para o pleito, mas evitou dizer que seria vice.
“Não temos nem sete dias na construção dessa aliança. Precisamos
dialogar nos estados, dialogar com nossa militância, mostrar o quanto é
importante que essa aliança se consolide”, disse Campos. “Essa aliança
causou um verdadeiro terremoto na política brasileira e vai trazer muita
gente para esse conjunto.”
Campos também afirmou que não se sente desconfortável estando atrás de
Marina nas pesquisas na corrida eleitoral pela Presidência. “Eu acho que
nem eu nem Marina estamos buscando candidaturas, estamos buscando
ajudar a política brasileira”, disse.
“Nós estamos invertendo um processo”, afirmou Marina. “O que acontece
tradicionalmente? Faz-se uma aliança eleitoral, ganham-se os governos e
depois inventa-se um programa. Nós estamos fazendo uma aliança
programática, vamos adensar essa aliança, dar substância a esse conteúdo
politico na forma de um programa e, aí sim, o que é uma aliança
programática poderá se tornar uma aliança fática”, disse a senadora.
“É preciso que a gente tenha paciência”, disse Marina. “Para que ela
seja uma ansiedade saudável, e não uma ansiedade tóxica. Porque talvez
seja essa ansiedade tóxica da eleição pela eleição, do poder pelo poder,
que faz com que as pessoas tenham hoje no nosso país a ter palanques
nos estados e estrutura para fazer a campanha e tempo de televisão.”
Anões
Marina também disse que “essa união de anões poderá nos trazer uma coisa nova”. “Mesmo na planície, não estamos no Olimpo, porque quando a gente é anão a gente tem uma vantagem, a gente não olha de cima para baixo, a gente olha debaixo para cima.”
Em entrevista à revista Época,
o marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, João Santana, afirmou:
“Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma
antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela,
sobranceira, vai planar no Olimpo.”
Marina também disse que “a cada partido que vai se criando, a sociedade
já fica com medo: é mais um ministério que vai ser criado”.
Programa
Marina e Campos afirmaram que decidiram convocar a imprensa para anunciar que no próximo dia 29 de outubro deve ficar pronto o primeiro documento que servirá de base para o programa de governo da chapa à Presidência.
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