sábado, 26 de outubro de 2013

Morre Maurício Azêdo, um grande parceiro de Macaé na luta pela criação da Lei do Royalties de Petróleo


O jornalista e advogado Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), morreu às 18 horas desta sexta-feira, 25, no Rio, aos 79 anos, vítima de parada cardíaca. Ele estava internado havia duas semanas no Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul), por razão não divulgada pela instituição.

 Por  ocasião em que Maurício Azedo presidiu o legislativo carioca, nos anos de 1983-85, foi um grande parceiro da Câmara Municipal de Macaé, na luta pela criação da lei dos royalties do petróleo. Ontem a noite (25), os ex- vereadores Rubem Almeida e Humberto Mattos de Assumpção, que participaram na época pela aprovação da lei dos royalties de petróleo,  ficaram sentidos ao saber da triste notícia do falecimento do ilustre jornalista e político. O estimado médico macaense, Humberto Assumpção e Maurício Azevedo, eram amigos de longas datas.

Carioca nascido em Laranjeiras (zona sul), Oscar Maurício de Lima Azêdo formou-se em Direito em 1960 pela Faculdade de Direito do Catete, mas continuou se dedicando ao jornalismo, que exercia desde 1958. Foi repórter, redator, cronista, editor, chefe de reportagem, editor-chefe e diretor de redação de veículos como "Jornal do Commercio", "Diário Carioca", "Jornal do Brasil", "Diário de Notícias", "Jornal dos Sports", "Última Hora", "O Dia", "O Estado de São Paulo" e "Folha de S. Paulo". Também atuou em revistas como "Manchete", "Fatos & Fotos", "Pais & Filhos", "Realidade" e "Placar", cuja criação foi baseada em projeto de sua autoria e da qual foi o primeiro editor-chefe.

Em parceria com o jornalista Fausto Neto, foi autor de biografia do jogador de futebol Almir Albuquerque, o Almir Pernambuquinho, publicada originalmente como uma série de reportagens da revista Placar, em 1975.

Nos anos 1970, Azêdo foi o principal editor do "Boletim ABI", um dos mais importantes jornais de contestação do regime militar. Azêdo também foi um dos fundadores e diretores do Cineclube Macunaíma, que realizou sessões e atividades culturais na ABI de 1973 a 1985. 

Militante da União da Juventude Comunista, integrou o PCB e depois o PDT. Em 1982 Azêdo passou a se dedicar à vida pública, elegendo-se vereador no Rio em três legislaturas (1983-88, 1989-1992, 1993-1996). Também foi presidente da Câmara Municipal no biênio 1983-85, secretário municipal de Desenvolvimento Social (1986-1987) e conselheiro do Tribunal de Contas do Município do Rio entre 1999 e 2004.

"Maurício foi não só um jornalista, mas essencialmente um homem de jornal, que deu uma contribuição notável para o jornalismo brasileiro, e foi uma pessoa coerente com suas ideias ao longo de toda a vida", disse Ricardo Pedreira, diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ). 
O corpo será velado a partir das 8h deste sábado na capela número 8 do Memorial do Carmo e o sepultamento está marcado para 16h do mesmo dia, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. Maurício deixou viúva Marilka, com teve duas filhas, e mais dois filhos do primeiro casamento.

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