domingo, 20 de outubro de 2013

Anos de chumbo: O militarismo no Legislativo de Macaé



A situação no Legislativo de Macaé não é nada boa. Na semana que passou o combativo vereador Júlio César de Barros, usou a tribuna legislativa e "puxou  as orelhas" do vereador presidente, Eduardo Cardoso. A bronca teve o respaldo dos vereadores Marcel Silvano e Guto Garcia. Os trabalhos na Câmara de Vereadores não tem tido bons desempenhos porque os funcionários estão desmotivados, não tem material para trabalhar. Nos dois prédios do legislativo, está faltando água para beber, não tem  leite, café, copos descartável e gás. Nas salas não existe material básico para trabalhar é notório a ausência de  computadores, papel, canetas, tonner de impressora, enfatizou o popular Julinho do Aeroporto.

 O pronunciamento do vereador Julinho teve grande repercussão dentro e fora da casa legislativa e foi considerado um ato sui generis, para observadores da política do município. Reclamações iguais, jamais foram  registradas nos anais do parlamento em Macaé, sustentaram.

A desorganização na Câmara é tamanha que recentemente o vice-presidente Maxwl Vaz tentou tapar o sol com a peneira, anunciando que qualquer atitude para ser colocada em prática na funcionalidade administrativa, tem de ser levada ao Ministério Público. As colocações do vereador Maxwel Vaz, vem demonstrar a fragilidade administrativa na atual gestão do LM. E até coloca em situação bastante crítica  o Jurídico e o RH, dando a entender que os responsáveis dos órgãos, não estão preparados para solucionar situações básicas com relevância na área administrativa. 



Por outro lado, lamentamos que os atuais  gestores do Legislativo, tivessem  de recorrer para um órgão do judiciário, objetivando realizar uma simples pesquisa.  Esqueceram do Tribunal de Contas e do Instituto Brasileiro de Apoio aos Municípios.  O IBAM que é uma organização comprometida com a identificação e operacionalização de soluções para os problemas da Administração Pública, há décadas vem prestando importantes serviços as  governos municipais, em particular à Macaé. 


Sem dúvida, seria o melhor caminho para se realizar um consulta de cunho da administração pública. O IBAM tem construindo as bases de uma cultura administrativa empreendedora, inovadora e voltada não apenas para um comportamento ético e responsável, mas também para um mais alto padrão de desempenho, capaz de gerar melhores serviços públicos.


 Para dizer a verdade, a Mesa diretora da Câmara, não desconhece os bons predicados do IBAM  e a tolerância profissional do Tribunal de Contas. O que falta na atual gestão legislativa é a chamada vontade política dos gestores. Macaé possui  uma Câmara rica, cujo orçamento é superior à arrecadação de muitos municípios por este Brasil a fora, por conseguinte,  não existe a necessidade de recorrer ao MP. As antigas demandas podem e devem serem solucionadas pelo eficiente corpo de funcionários existente na Casa Legislativa. 


E ao meio de tantas controvérsias e desorganizações,  o presidente do Legislativo de Macaé não tem dado a mínima para os velhos e novos servidores. Tem oferecido à todos um tratamento nada recomendável. Onde um ambiente de medo e ódio se misturam, fazendo lembrar um passado não muito distante,  que foi os anos de chumbo em que o militarismo imprimia atos de crueldade e terror  à família brasileira. 

Posted by XICO DE PAULA

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