O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) chegaram a um acordo para encerrar a greve da categoria, que
foi considerada a mais longa dos últimos anos, depois de 24 dias de
paralisação. O acordo prevê 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de
reajuste sobre os salários e as verbas, para 8,5% sobre o piso salarial
(ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o
teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados
(PRL). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser
distribuído linearmente na parcela adicional da PLR. A decisão foi
repassada à categoria, em Macaé, durante assembleia realizada na noite
desta sexta-feira (11), onde os bancários decidiram retornar ao trabalho
nesta segunda-feira (14).
Diante da resistência do Comando de Greve, os bancos recuaram da
proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias. Por
isso, eles evoluíram na discussão para a proposta do ano passado, de
compensação de duas horas diárias até o dia 15 de dezembro, mas acabaram
aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a
sexta-feira, até 15 de dezembro. A nova proposta da Fenaban apresentada
inclui ainda três novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS
aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e
adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por
mês.
— A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) se manifestou, esteve sempre do nosso lado e como houve
acordo não tinha porque não aceitarmos o que foi oferecido e retornarmos
ao trabalho na segunda — disse.
A categoria levou mais de 20 dias de braços cruzados e em Macaé
foram 100% de adesão. Inicialmente os bancários reivindicavam reajuste
salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), auxílios
alimentação, refeição, melhores condições de trabalho, como o fim das
metas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações,
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários,
igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação
de pelo menos 20% de negros e negras, além de PLR de três salários mais
R$ 5.553,15.
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