segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Macaé em peso está antenada e vai abraçar o São João Batista no próximo dia 7

TEXTO: XICO DE PAULA



A adesões para abraçar o antigo Hospital São João Batista, (foto) continuam de forma extraordinária, a tradicional família de Macaé aderiu a causa de maneira espetacular, todos querem dar um abraço simbólico naquele que ao longo dos anos, acolheu, socorreu e a ofereceu a oportunidade de milhares crianças, ricas e pobres vim ao mundo. Os comentários são gerais, que o evento será dos mais concorridos, já registrado na história cidade  nestas últimas décadas. O abraço ao São João Batista, está previsto para iniciar às 9 horas, no próximo dia 7 de setembro. A concentração que acontecerá na praça Veríssimo de Mello, onde todos irão de blusas ou camisas brancas.

A idealização  do "abraço ao Hospital São João Batista" partiu do espírito altruístico de Carlos Emir Júnior, médico e vereador na cidade, que não se cansa em dizer qua a ideia foi dele, mas o sucesso do movimento caberá a todos os macaenses,  que estão abraçando com fundamental apoio a iniciativa, a causa não tem conotação política partidária. É de todos, ricos, pobres, crianças e adultos. O Júnior como é conhecido por um vasto círculo de amizade na cidade, tem o São João Batista como a sua segunda casa. Deste do tempo de menino acompanhava bem de perto as movimentações no hospital, onde seu saudoso pai, Dr. Carlos Emir Mussi, foi médico cardiologista durante vários anos, que segundo a opinião pública, sempre exerceu a medicina de maneira sacerdotal,  procurando concorrer humanamente para o real crescimento de uma sociedade, justa e igualitária.
 
 Não resta dúvida que graças a iniciatica de Carlos Emir Júnior e o apoio de todos os envolvidos, o velho hospital terá em futuro próximo, meios em atender a comunidade de Macaé com uma capacidade inacreditável, conforme sonhou nos idos de 1862, o velho lusitano vendedor de cuzcuz, conhecido na secular história de Macaé,  com o nome Casculeiro, que não tendo herdeiro deixou registrado em cartório 2 contos de réis  para construir uma Casa de Caridade, objetivando socorrer os necessitados. 
 
O velho São João Batista (foto) que tem uma história bastante antiga e é referência no atendimento na saúde médico hospitalar do município e região.  Vai fazer 141 anos no dia próximo 7 de setembro, Indubitavelmente  tem um passado de profundas raízes na história do município de Macaé, está localizado no coração da cidade na praça Veríssimo de Mello. 
  O consagrado e saudoso historiador Antonio Alvarez Parada em um de seus livros registrou para a posteridade  que "...O Velho Hospital, por todos esses anos, tem prestado serviços que a pena humana não poderá descrever. Se da grandeza do bom lusitano surgiu a Casa de Caridade, nessa mesma bondade ela tem se mantido até hoje, com o auxílio de seus dirigentes, de seu dedicado corpo de médicos e da eficiência das freiras que lhes prestam serviços". 
 
Outras ilustres personagens também ajudaram na construção do São João Batista, como foi o caso dos senhores de engenhos de açúcar moradores em Quissamã, o barão e a Viscondessa de Araruama, doaram 800 mil reis, o coronel José de Lima Caetano da Silva, 300 mil reis. Toda madeira de lei,  usada na construção do São João Batista, foi uma singela doação do Conselheiro João de Almeida Pereira, transportada por tração animal de uma de suas fazendas localizada em Cambuci. Nomes como João Alvarez de Siqueira Bueno, João Teixeira de Miranda, Polycarpo Francisco Vasconcellos, constam entre outros nos anais da Casa de Caridade do São João Batista, como vultos que ajudaram sobre maneira na realização do velho sonho do lusitano Casculeiro.  


 
Nesses meus 70 janeiros como macaense, estou radiante, tenho observado em todos os quadrantes da cidade, que a maioria dos moradores  estão antenados para este meritório chamamento.  Velhos e jovens estão todos juntos pelas ruas de Macaé e nas redes sociais, desempenhando um belíssimo papel, cujo objetivo maior é dar nos próximos dias,  um merecedor abraço ao centenário hospital São João Batista.

Júnior o saudoso pai, o estimado Carlos Emir Mussi


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